D. Quixote - óleo sobre tela (80x100)
Foi há quatrocentos e dois anos que saiu a primeira edição do livro El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha – quatro séculos de influência na cultura do mundo moderno. Tanto tempo decorrido e continua a fazer falta o nosso herói : “Vou a castigar insolentes e a endireitar tortos”.
Com esta minha obra aconteceu um facto estranho.
No segundo dia da exposição, já perto da hora do fecho, passei pela galeria para saber das impressões do público. Qual não é o meu espanto quando vejo, no sítio onde devia estar a obra, um letreiro a dizer vendido. Tinha dado instruções para que todas as obras ficassem em exposição, e só no final deveriam ser entregues aos eventuais compradores. Perguntei à encarregada da galeria o que se tinha passado. “Muito simples – disse ela – uma senhora nova, muito bonita e elegante (não são todas?), tinha de apanhar o avião para Buenos Aires e queria levar o quadro. Depois de pensar o que devia fazer, disse que o entregava mas exigi que me pagasse em dinheiro. Ela disse que sim, foi ao Banco ali ao lado e deu-me o dinheiro todo. Saiu toda contente”.
Quem não ficou muito feliz com a história fui eu. Até hoje não sei onde para esta obra. Refiro o caso porque (quem sabe?) pode dar-se a coincidência do meu blog ser visitado pela pessoa que o comprou e contactar-me. Seria uma grande alegria reencontrá-lo.
Disse Woody Allen: “Por que Deus não fala comigo? Se Ele pelo menos tossisse”.
Quixotesco, não acham?
Foi há quatrocentos e dois anos que saiu a primeira edição do livro El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha – quatro séculos de influência na cultura do mundo moderno. Tanto tempo decorrido e continua a fazer falta o nosso herói : “Vou a castigar insolentes e a endireitar tortos”.
Com esta minha obra aconteceu um facto estranho.
No segundo dia da exposição, já perto da hora do fecho, passei pela galeria para saber das impressões do público. Qual não é o meu espanto quando vejo, no sítio onde devia estar a obra, um letreiro a dizer vendido. Tinha dado instruções para que todas as obras ficassem em exposição, e só no final deveriam ser entregues aos eventuais compradores. Perguntei à encarregada da galeria o que se tinha passado. “Muito simples – disse ela – uma senhora nova, muito bonita e elegante (não são todas?), tinha de apanhar o avião para Buenos Aires e queria levar o quadro. Depois de pensar o que devia fazer, disse que o entregava mas exigi que me pagasse em dinheiro. Ela disse que sim, foi ao Banco ali ao lado e deu-me o dinheiro todo. Saiu toda contente”.
Quem não ficou muito feliz com a história fui eu. Até hoje não sei onde para esta obra. Refiro o caso porque (quem sabe?) pode dar-se a coincidência do meu blog ser visitado pela pessoa que o comprou e contactar-me. Seria uma grande alegria reencontrá-lo.
Disse Woody Allen: “Por que Deus não fala comigo? Se Ele pelo menos tossisse”.
Quixotesco, não acham?
6 comentários:
Querido sabio de Lusitania ! Me gustó mucho el comentario que me pusiste en el árbol que habla a propósito del cuadro del maravilloso Velazquez ; su primer apellido ya indica su parte de sangre portuguesa. Me encantan estas palabras que me pusiste sacadas de Don Quijote de La Mancha ,que en una lengua tan hermosa como el portugués mantiene la idea y la belleza del castellano de la época :"A guerra, assim como é madrasta dos cobardes, é mãe dos corajosos".Sobre ese cuadro del que hablas....¿es una obra tuya?.Comprendo perfectamente lo que sientes al separarte de un hijo tuyo. Desde la vieja España un abrazo pintado en tonos azules para el sabio de la vieja Portugal.
De nuevo para ponerte la respuesta del árbol que habla :
Querido sabio de Lusitania....qué hermoso se lee la frase de Cervantes...... "A guerra, assim como é madrasta dos cobardes, é mãe dos corajosos" , en la lengua de la vieja y bella Portugal.Gracias por poner tu energía en forma de comentarios, logras que el bosque del árbol que habla tenga aún más color.Un fuerte abrazo!
As tuas palavras são tão simpáticas que me deixas algo comprometido. Mas está bem: agradeço penhoradamente. À tua pergunta a resposta é sim. Foi uma série que me deu muito prazer executar, não só pela concepção, mas também porque, para me integrar no espírito das obras,as ouvia, tocadas e cantadas nas melhores edições disponíveis. Esta série só a vou considerar completa quando assinar a tela com o bailado "O Lago dos Cisnes". É tanto o respeito que tenho pela música, é tão belo o bailado, que fico paralisado quando penso iniciá-la. Não quero ficar envergonhado perante Tchaikovsky...
Um abraço com toda a minha paleta de cores.
olá meu caro
obrigado pela visita e apreciei saber que gostou do meu blog.
só não entendi direito o teu comentário final.
ao que me parece vc reside em portugal e eu no momento estou em portugal.
onde eu poderia ter acesso as tuas pinturas??
Essa senhora nova, muito bonita e elegante que saiu toda contente com o quadro "D.Quixote" tinha todas as razões do mundo para estar tão contente. Afinal adquiriu um quadro em que as cores intensas nos transportam para uma época e uma história tão envolvente quanto o autor do quadro. Mas isso são outras histórias... Desculpa mas não resisti....
Beijinhos da tua filhota canininha,
Elsa
Essa senhora terá razão para ficar contente mas eu não! Se essa dama se chamasse Elsa, talvez, digo talvez, eu não me importasse!:-)
Essas cores intensas de que falas, serão a energia que necessitas para distribuir a felicidade por aqueles que te rodeiam. (Guarda alguma para ti!)
Beijinho para a minha pequenita!
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