segunda-feira, 18 de abril de 2011

SABEDORIA


Cidade da Sabedoria Autor António Tapadinhas
Óleo sobre Tela 100x115cm

Explicar uma obra abstracta é, para mim, muito difícil. Duplamente. Não sou isento quando falo do que amo, e a Arte não se explica, sente-se.
Perante uma obra, ficamos muitas vezes tentados a descobrir nela, um significado mais ou menos oculto. Somos incapazes de apreciá-la simplesmente, de a saborear. Esta atitude aumenta proporcionalmente com a subida do grau académico do apreciador, até ao seu expoente máximo: o Crítico. Critico, logo existo.
Na pintura, o artista procura transmitir mensagens, emoções, tanto mais eficientes quanto menos utilizar a muleta da escrita ou da fala, para a sua interpretação. De tal maneira, que para apreciar a qualidade do pintor, deveria ser suficiente analisar a sua obra. O que é uma tarefa impossível - só o tempo dá a exacta medida do seu real valor.
Deixo para a sabedoria dos meus amigos a apreciação desta obra.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A CIDADE DAS LUZES


Luzes na Cidade Autor António Tapadinhas
Óleo sobre Tela 95x110cm

Nesta minha cidade as sombras nunca são muito escuras. A luz chega sempre às ruelas mais recônditas. Os salpicos de luz (yellow deep) que eu tive o cuidado de espalhar por toda a superfície da tela com uma escova de dentes, afastam as sombras mais negras que poderiam ocultar a luz que todos precisamos, nestes tempos complicados que vivemos.
Não estou com disposição para escrever mais sobre este meu trabalho. Não sei de quê ou de quem é a culpa! Nem sequer me posso queixar do tempo: está um sol radioso e uma temperatura cálida… Os campos estão cheios de flores! Até já chegaram as andorinhas! Será de uma droga alucinógena chamada FMI?
Digo com Pessoa:
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.