quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A IMPORTÂNCIA DA EMOÇÃO

Conforme disse na apresentação desta série, coloquei lado a lado, quadros com estilos diferentes, para incentivar a reflexão sobre um tema quente, sempre actual, da Arte contemporânea.
Era esta obra que estava ao lado da “Cidade dos sonhos”. As cores que utilizei para o “sonho”, foram transpostas para esta visão de Lisboa.
No comentário sobre “Siderurgia”, mencionei a diferença entre a visão “objectiva” da máquina fotográfica e “subjectiva” do pintor. As aspas que então coloquei tinham um significado que merece ser esclarecido.
Nas exposições o criador é naturalmente procurado para explicar determinados pormenores das obras, ou para receber uma grande variedade de comentários ou elogios dos visitantes. Um dos mais comuns para uma obra deste género é: “Oh!, está tão realista! Parece uma fotografia”. Estas palavras ditas como um elogio, limitam-se a constatar a capacidade técnica, académica, do artista. No início das minhas apresentações em público, este “elogio” satisfazia o meu ego. Agora, prefiro ouvir um comentário sobre o ambiente, a sensação, a emoção que a obra causa. Quando ouço aquele elogio, apetece-me gritar:
- Por favor, emocione-se!

4 comentários:

addiragram disse...

E grita bem!
Lembrei Botelho e os seus rosas...Lembrei o meu amor pela "minha Lisboa"...

hfm disse...

Voltarei, voltarei, voltarei.
Além da pintura ainda temos a Ericeira em comum. Se calhar, sem o sabermos já nos cruzámos pelas suas ruas.

Sibyla disse...

Siempre disfruto visitando tu blog,
tus cuadros reflejan la belleza interminable,éste de Lisboa, ciudad increíble.
El cuadro de la siderurgia...con un cielo plomizo, recoje la esencia de la soledad, que uno puede sentir,
trabajando en ese ámbito.
Poesía en tus pinceles, maestro.
Gracias por estos regalos visuales.
Un abrazo.

Impensamental disse...

Sim a sobre o ambiente, a sensação, a emoção, a vida que a obra causa., é mais importante de que a capacidade técnica, académica, do artista. Mas neste país a parte académica ainda conta muito, mas já os impressionista no fim do século 19 foram contra a isso, o que é preciso é pintar, criar com vida é alma, e pensamentos, mesmo se ele por vezes implodem.