domingo, 25 de maio de 2008

CHUVA DE FLORES


Vereda no Castelo
Acrílico sobre tela 50x40cm

A nova tela que estou a fazer é uma vereda do Castelo de Palmela. Estava a pensar só a mostrar depois de acabada mas pareceu-me interessante chamar a atenção para um ou dois pormenores que farão toda a diferença no resultado final que pretendo.
O espaço foi estruturado com a força das pedras que enquadram outra força vital: a força da natureza, representada pelos ramos meio despidos, mas vivos, das árvores. A luz que emana, não ofusca, antes salienta, as cores das flores que pulsam nos seus ramos, e jazem no chão, contrastando com a cor viva do caminho de saibro.
A ligeira brisa que sopra, balança suavemente as folhas e flores dos ramos das árvores, transmitindo a sensação que o Céu está a vibrar em uníssono com a Natureza.
Esta exuberância de cores espero mantê-la controlada para preservar o seu valor representativo da minha paixão pela realidade deslumbrante da Natureza e, ao mesmo tempo, ser uma alegoria à vida: pequenas folhas e flores, jovens e belas nos ramos mais altos das árvores que, agitadas por uma leve brisa, tombam no chão, belas, sim, mas mortas...

19 comentários:

jorge disse...

El colorido del suelo, en el cuadro agrandado,es hipnotizador. Solo instantes despues el azul del cielo logra que mi mirada lo atrape.

seguire los acontecimientos con todo mi interes.

Isabel disse...

Lindísimo y lleno de vida. Qué colores más alegres... llenos de optimismo. Besos.
http://senderosintrincados.blogspot.com

Nocturna disse...

Todas tus obras son preciosas, António...

Siempre las admiro, (no se puede hacer otra cosa con ellas).

Sin embargo, no dispongo del tiempo suficiente para leer los textos completos, amigo. Tengo demasiadas actividades, casi ni estoy en casa.

Por esto, espero las vacaciones para poder leer TODOS tus textos.

¡Besitos!

:)

RENATA CORDEIRO disse...

Transmite-me tamanha alegria que até tenho vontade de chorar. E estou deveras chorando.
Já vim aqui uma vez e vc me desprezou. Não faça mais isso.
Visite-me:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
não há ponto depois de www
Agora vou secar minhas lágrimas no banho.
Um abraço,
Renata Cordeiro

A.Tapadinhas disse...

Jorge: Estou com a sensação que esta tela não vai mudar tão substancialmente como eu pensava. O resultado obtido até agora já satisfaz o meu propósito de fazer uma alegoria à vida...
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Isabel: Estas árvores têm umas flores com tons que me agradam, que falam comigo... Essa sensação traduz-se no resultado. Gosto de saber que também sentes essa emoção.
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Renata: Não seja assim comigo, menina! Respondi com todo o meu charme (pouco, pelos vistos!) ao seu comentário, e comentei com grandes e merecidos elogios, o seu trabalho de fundo sobre Wim Wenders e "As Asas do Desejo"... Tenho o seu blogue entre os meus favoritos, para não passar em claro a minha visita... Não sei que mais possa fazer: mudar de penteado serve? :)
O banho relaxante resultou?
Chorar de alegria evita que tenhamos de chorar de tristeza mais tarde. Todos temos uma quantidade de lágrimas para chorar: as que soltamos de alegria evitam tristezas futuras...
Beijo.
António

Fernanda Irene disse...

¡Qué diferentes paisajes! El anterior, “Moinhos de Santo Isidro”, se parece muchísimo a la meseta castellana, creo que era Machado quien decía que los Campos de Castilla son anchos y planos como el pecho de un varón. Sin embargo, me quedo con la “Vereda do Castelo”, me fascinan los colores y el camino entre los gruesos muros del castillo. En esa vereda, la brisa debe traerte el aroma de las flores del campo, seguro que si presto atención podría escuchar el canto de algún pájaro posado feliz en las ramas desnudas de algún árbol. La vereda se esconde al final tras los muros y es una invitación a seguir el camino, a seguir avanzando, a querer ver más.

Para soñar, me basta mirar tus lienzos.

Un abrazo, Tapadinhas

A.Tapadinhas disse...

Nocturna: Estou com remorsos por ter chamado a atenção por não me deixares um dos teus comentários. Claro que terias razões ponderosas para o fazeres. Como deves ter notado não fiquei zangado: continuei a visitar-te e a deixar os meus comentários aos teus belos poemas.
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Fermina Daza: Começa a ser difícil arranjar um programa para que visites in loco os sítios de que gostas. Ainda falta muito tempo para visitares Portugal, mas seria bom começares a tomar nota das tuas prioridades, em face do tempo que tens disponível... Um passeio ao Castelo, apreciar a paisagem e tomar uma bebida na pousada, parece-me que irá fazer parte do programa...
Beijo.
António

Anne M. Moor disse...

Que 'coincidência'!!! Aqui no Brasil, em Corpus Christi as cidades fazem tapetes de serragem e flores nas ruas para que a procissão passe por cima...

O teu quadro como sempre traz uma iluminação característica do teu trabalho que adoro. A luz por entre os galhos das árvores é mágica. O caminho de flores na vereda, como diz a Fermina Daza, nos leva a querer mais, a ficar imaginando o que teria atrás do muro.
Quanto a tua alegoria, não sei se gostei dessa idéia de morte... :-( A brisa estaria representando a caminhada?
Beijos vivos :-)

Fay van Gelder disse...

Lindo, adorei a tua chuva de flores.

Bjo

A.Tapadinhas disse...

Anne: O caminho, bem lá no final, bifurca-se: ... o outro é para os casais de namorados que procuram maior "comunhão" com a Natureza...
:)
É algo que se enquadra na filosofia que tem como princípio o Tao, segundo o qual duas forças complementares estão presentes em tudo o que existe: a força Yin (terra, água, lua) e Yang (céu, fogo, sol). Estas duas forças são antagónicas mas complementares entre si: uma não existe sem a outra... Pensamos na vida, portanto, teremos de pensar na morte. Contribui para o nosso equilíbrio...
:)
Beijo equilibrado.
António

A.Tapadinhas disse...

Miss: Vem cá amanhã que já tens o caminho atapetado com flores...
Ainda não fiz o suco...

Beijo.
António

Suzana disse...

Folhas mortas , mas que se deixam levar pelo vento num rodamoinho vivo, cheio de energia num refazer constante de tua criatividade.

bjs

paula varela disse...

antónio!
qué hermoso mundo ven tus ojos!!!

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

maravilhoso, estas telas, esses textos, fico aqui olhando e não tenho vontade de ir embora.Adoro seu blog.
Fiz postagem nova,apareça por lá será como sempre muito bem vindo
Um abraço
marthacorreaonline.blogspot.com

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

maravilhoso, estas telas, esses textos, fico aqui olhando e não tenho vontade de ir embora.Adoro seu blog.
Fiz postagem nova,apareça por lá será como sempre muito bem vindo
Um abraço
marthacorreaonline.blogspot.com

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

maravilhoso, estas telas, esses textos, fico aqui olhando e não tenho vontade de ir embora.Adoro seu blog.
Fiz postagem nova,apareça por lá será como sempre muito bem vindo
Um abraço
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