quinta-feira, 10 de abril de 2008
SÉRIE - AS CIDADES DAS EMOÇÕES
Porto Casa Amarela
Óleo sobre tela 100x85cm
Não vou repetir aquilo que senti quando descobri, como pintor, o Porto.
Sobre esta tela, um meu amigo, disse-me que gostava de toda a composição, que tinha muita vida, mas que não gostava do destaque da casa amarela: sentia que era demasiado agressiva. Respondi-lhe que era esse exactamente o objectivo que pretendia: a casa estava colocada na zona da tela a que os clássicos chamam de secção de ouro, para favorecer no quadro o seu aspecto tridimensional ou a sua profundidade: há casas que nos parecem mais próximas e outras mais afastadas, embora saibamos da bidimensionalidade da tela.
O azul forte do céu e do rio, contrasta com o quase monocromatismo que utilizei, deliberadamente, para destacar as janelas que povoam todo o conjunto, sugerindo pessoas que apenas se adivinham, se sentem...
Termino com o “pedido de desculpas” do meu amigo. Quando visitou o Porto, passou na Ribeira e viu ao vivo a Casa Amarela: Estava lá, onde eu a tinha pintado e destacava-se de todo o conjunto, pela sua vibrante cor!
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23 comentários:
Deixando um pouquinho de lado toda a (inestimável) explicação sobre profundidade e bidimensionalidade: "sugerindo pessoas que se adivinham, se sentem..." são as palavras complementares à linda imagem.
(tenho que confessar que fiz download)
António:
As tuas janelas me provocam como 'pessoas que se adivinham e se sentem'... Elas dão vazão aos nossos pensamentos e reforçam algo, em ti, muito parecido comigo - a tua paixão por pessoas...
Mais um quadro palpitante!
Beijos
Un bonito anochecer con luces en las ventanas que sugieren vidas palpitantes. Besos. http://senderosintrincados.blogspot.com
Olá querido novo amigo! Obrigada pela sua amável visita. Fiquei muito contente. Volte sempre que quiser. Tentarei ter uma luz para lhe oferecer.
Gostei muito desta "pintura" de blog. Os seus quadros são lindos e as palavras maravilhosas ao meu coração.
Mas se me permitir, gostava de transcrever uma frase que me chamou à atenção, quando descreve o seu perfil:
"Já vivi mais de 60 anos mas não gosto daquilo que fui até ontem. Quero gastar o pouco tempo que me falta para viver, pintando."
Lindo, querer passar os dias do amanhã, fazendo o que realmente gosta, que é a "pintar a palavra e a escrever a pintura". Fantástico chegar à conclusão que tinha de mudar alguma coisa na sua vida! Mas, e não me levando a mal, nunca se arrependa do que foi durante 60 anos.
Todos nós passamos, nesta vida, por etapas bastante menos boas, por fases de desencantamento mas, só as temos de ver como "Oportunidades de Aprendizagem" e retirar o que de positivo possa haver, para podermos evoluir. É para isso que estamos neste planeta - A evoluir juntamente com a Terra, usando a nossa mais preciosa ferramente - o AMOR!
Desculpe-me se estou a dizer algo menos correcto, mas, o que disse, foi do fundo do coração.
Voltarei para deixar mais um pouco da minha luz nesta "Tela da Vida"
Beijinhos cheios de Amor, Paz e Luz!
Estimado e Genial Amigo:
o Porto é uma cidade de encantos. Beleza!
A tela que maravilhosamente "trabalhou" faz viver e dar, de uma forma soberba sentida, profunda, uma sensação de bem-estar, harmonia e sossego emocionais, na forma exemplarmente constatada onde nasceu para viver.
Para mim o azul do céu e do rio estão perfeitamente enquadrados no monocromático azul conseguido e pleno de genialidade. Sentido. Sensato Perfeito.
Um quadro que evidencia um extremo sentimento na concepção da casa amarela existente e que poderá contar acontecimentos e actos vividos em ancestrais vidas.
Talentoso e excelente!
Desculpe, é como vejo a sua maravilhosa Arte na interpretação não sei se correcta, onde expressa o seu talentoso "sentir", viver e amar. Fascinante Arte, prodigiosa na concepção da sua entrega completa.
Abraço amigo de cordialidade e de profundo respeito de admiração e pasmo.
Brilhante!
O Amigo
pena
:)
Também gostava de a ver inserida no contexto descito.
Udi: ...e fez muito bem!
António
Anne: Sabia que não ias resistir a tantas janelas! São como os vidros diáfanos da fantasia...
Beijo palpitante.
António
Isabel: Palpitante tem sido a palavra mais utililizada para qualificar este meu trabalho. Confesso que me agrada, atendendo aos seus habitantes e moradores...
Beijo.
António
angel of light: Luz é um dos elementos mais importantes, para se conseguir dar vida a uma tela! Nesse aspecto, como noutros, cada trabalho, tem tudo o que de melhor podemos captar no momento da sua criação. Esta obra tinha, entre outras, essa missão: captar a sua atenção e, quem sabe, tornar-se o pretexto, para continuar a nossa conversa...
Beijo.
António
Amigo Pena: Tenho sempre dificuldade em retorquir às suas palavras, tal a emoção e, porque não dizer, constrangimento que me causam, pelas elogiosas apreciações que faz. Sei, pela maneira como escreve, que o seu coração é uma fonte de incondicional amor por todos, numa entrega completa. Por isso, lhe agradeço, com reconhecimento.
Abraço.
António
Barqueira: Faça-o o mais brevemente possível. Não vai ficar desiludida! Aguardo as suas impressões...
Beijo.
António
Antonio,
Refletindo-se, de novo!
Que maravilha de luz!
bjs
É né Suzana... E depois sou eu que tenho fetiche por janela... :-)
Suzana: A minha luz é um mero reflexo da tua: por isso tem tanta beleza!
Beijo.
António
Anne: Não faz mal: eu tenho um grande stock de janelas... :)
Beijo sem vidraças.
António
"Quem vem e atravessa o rio
junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende até ao mar
quem te vê ao vir da ponte
és cascata são joanina
erigida sobre o monte
no meio da neblina
por ruelas e calçadas
da ribeira até à foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós
(...)
Ver-te assim abandonado
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento
e é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido"
Bem, o que eu quero dizer com este "Porto Sentido" do Rui Veloso, Carlos Tê e António Tapadinhas, é que há pessoas que têm jeito para isto. Como eu os admiro.
Luis Santos
Querido António, después de leer tantos comentarios y tan bellos nada más podría añadir yo. Como siempre, quedo atrapada en tu pintura que, una vez más, me suscita inquietud y deseo de ver tan hermosos lugares para comprobar "in situ" que gozan del enorme encanto que tú les das en tus telas.
Beso y buenas noches
Es como ver una foto de familia en la que te parece reconocer a las personas a pesar de no ser tu familia.
Veo esta tela y me parece mi pueblo, con su puerto, su rampa, sus abigarradas casas antiguas disputándose las vistas y todas queriendo estar la primera fila de un teatro de mar y nocturnidad que se ve por esas ventanas.
Un abrazo fuerte, precioso cuadro, como siempre,
ana.
Luis: ... na asa. :) Eu fiquei ferido no peito. Adoro a Ribeira, as casas da Ribeira, as suas ruelas e a sua movida... e a música e letras daqueles que mencionaste. Pensando um pouco, sem falsas modéstias, acho que se conseguisse juntar todas as telas do Porto que fui fazendo, ficaria um conjunto interessante...
Abraço.
António
Fermina Daza: Se esperares muito tempo para concretizar esse projecto, vais ter de dar uma volta a Portugal...
Beijo do teu guia turístico. :)
António
Ana: Para o bem e para o mal, com as divergências e rivalidades (mais criadas por políticos do que pelos povos), como em todas as famílias, somos irmãos=hermanos: é natural essa tua identificação com o nosso ambiente, como a minha quando entro em Espanha.
Beijo de irmão.
António
Estas ciudades son muy bonitas.
Transmiten mucha alegría.
Felicitaciones por tus pinturas!
http://graciela-bello.fineartamerica.com/
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