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Afrodite, feiticeira do amor
Óleo sobre tela 120x120cm
Afrodite era uma das dez obras da exposição, a que me referi quando apresentei Vénus.
Na altura, disse que os modelos são banhados por uma luz forte, com cores vivas e quentes, que, se em alguns casos, quase os ocultam, serve sempre para evidenciar a sua beleza e sensualidade. E continuo a pensar assim, porque a pintura deve fazer-nos sonhar com um mundo melhor, mais harmonioso, mais sedutor.
Esta é talvez a deusa mais representada pela arte, quer sob o seu nome grego, quer sob o romano, Vénus. Para além dos nomes, também o seu nascimento causa alguma confusão: para uns, é uma deusa ancestral que nasceu da espuma do mar fertilizado por Urano, o deus do grego do céu. Digamos que esta é a versão softcore. O quadro mais conhecido é “O Nascimento de Vénus”, pintado por Sandro Botticelli em 1482, que se encontra exposto na Galeria dos Uffizi em Florença, em que se vê Vénus emergindo de uma concha, nua, como se impõe, para simbolizar o nascimento da beleza. Noutra versão, ela é a jovem filha de Zeus e Dione, fruto dum amor terreno, com paixão e sexo, ou seja, a versão hardcore. Diz-se que o seu pai, irritado com a sua beleza e a sua vida de prazeres carnais, a casou com Hefesto para ver se ela ganhava juízo. Mal avisado, o marido ainda a tornou mais irresistível, quando lhe ofereceu as mais belas jóias, de tal maneira que a nossa deusa teve filhos de Ares, Dionísio, Hermes e um etc bastante grande que inclui alguns felizes mortais, como o belo Adónis.
Eu não tive nada a ver com o assunto: meu nome é António!