domingo, 28 de fevereiro de 2010

CRIANÇA COMO NÓS




Marina de Portimão Acrílico sobre Tela 50x70 (em construção)
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O meu neto adora barcos. Nos dias que passei com ele, tornou-se obrigatório passar pela marina de Portimão, para desfrutar da sua alegria, da sua conversa com as gaivotas e o vento…
Ali mesmo, a não sei quantos graus de latitude, à hora exacta, lá estava eu com os olhos e o cérebro atentos aos reflexos das casas e dos barcos na água, contagiado pela alegria que inundava o ar salsuginoso…
Fiz o desenho com pincel e tinta preta para definir os contornos e a separação dos volumes e da cor. Só depois, ao contrário do que costumo fazer, cobri a tela com uma espessa camada de Modeling Paste, para estruturar a pintura. Quero que os meus pincéis e a tinta que vou usar transportem para a tela esta alegria feérica da cor…
Foi doce e alegre essa manhã com o meu neto.
Espero que esta obra eternize esse momento.

22 comentários:

o mar e a brisa do prazer de aprender disse...

somente o artista consegue eternizar o momento. A emoção de estar com o neto e a natureza já e fonte de inspiração para o artista. Quem sabe um dia vc poderá vir aqui em Santa Catarina eternizar os lindos barcos e a natureza que temos. Traga sua família e venha viver a natureza cheia de barcos e amizades. Abraços criativos.

Pena disse...

Fantástico Amigo António:
VOCÊ irradia um brilho transcendente por onde passa. Os seus extraordinários quadros são feitos pelo seu sensível coração gigante.
Mais uma Obra talentosa e sublime de pureza e beleza imensas.
Registo:
"...Marina de Portimão Acrílico sobre Tela 50x70 (em construção).
O meu neto adora barcos. Nos dias que passei com ele, tornou-se obrigatório passar pela marina de Portimão, para desfrutar da sua alegria, da sua conversa com as gaivotas e o vento…
Ali mesmo, a não sei quantos graus de latitude, à hora exacta, lá estava eu com os olhos e o cérebro atentos aos reflexos das casas e dos barcos na água, contagiado pela alegria que inundava o ar salsuginoso..."

Olhe, é um Ser Humano admirável. Genial. Prima pelos seus pincéis mágicos dotados de uma sensibilidade infinita.
Abraço amigo de respeito imenso e fascinado pelas suas obras notáveis numa pessoa enorme: VOCÊ!
Silenciado e pasmo...

pena

Anne M. Moor disse...

António

Esta tela certamente vai eternizar o momento. Já na sua construção está a derramar alegria de todas as janela abertas...

Lindo está e magnífico vai ficar - uma das pinturas da caminhada do Rafael.

Beijos
Anne

A.Tapadinhas disse...

o mar e a brisa...

Quem sabe, Mariza?

Apaixonado como sou pelo mar, gostaria de certeza, de conhecer, Florianópolis, que fica localizada, ao que julgo, numa ilha.

Abraço,
António

A.Tapadinhas disse...

Pena: Espero que na conclusão desta obra, se mantenha todo o prazer que me deu a sua criação...

...pelos motivos que expliquei, e que o meu amigo, tão bem referiu no seu texto.

Abraço,
António

A.Tapadinhas disse...

Anne: A tua confiança é uma manifestação de carinho, que eu agradeço, com comoção...

E o Rafael, para ser sincero, não sei...

...mas irei perguntar-lhe!
rsrsrs

Beijo,
António

Ava disse...

António, confesso que cheguei a fechar os olhos, como se quisesse sentir os pulmões inundados por esse ar salsuginoso...
Momentos de uma contemplação etérea como se quisesse
guardar na alma aqueles momentos, que ao lado no lindo Rafael, voce fotografava com a mente...

A tua sensibilidade, penso que ao lado do seu neto, fica ainda mais aguçada, e capaz de captar e transportar para a tela a "alegria feérica da cor"...

Um coração de um avô, em júbilo, só tem espaço para a beleza e o amor...
Voce não vai eternizar a marina de Portmão...Vais eternizar os lindos momentos que ali passastes com o Rafael...

As cores, impregnadas de amor, terão nuances de brilho e luz, captadas por esse coração que transborda generosamente tanto carinho...

B.B. Generosos...

Catiaho Reflexod'Alma disse...

hunn
seguir com a pro-vo-ca-ção?
ja estava escrito...esta la...
bjins

jorge disse...

La primera imagen, aún inacabada la obra, me parece sensacional.

Ese naranja/amarillo sobresaliendo del dibujo blanco le da una fuerza inusual.

Si la viera asi, colgada en la pared de uno de los museos que visito, me hubiera obligado a detenerme en frente suya.

Estoy seguro que cuando la termines el efecto sera todavia mayor, pero afirmo que asi, inconclusa, me ha hipnotizado.

Seguro que a tu nieto le gustan el mar y los barcos de tanto llevarlo a pasear por su entorno.

Si es una pintura que desprende alegria.

A.Tapadinhas disse...

Ava: As impressões que guardo desse dia estão realmente gravadas em todos os meus sentidos: nos meus ouvidos, o vento a fazer vibrar o cordame das embarcações, nos meus olhos, a constante mutação das cores, como num caleidoscópio, na minha língua, o sabor salgado das gotículas trazidas pelo vento, nas minhas mãos, a sua mãozita a puxar-me para mais próximo, para dentro do barco...

...e no meu coração (será este o sexto sentido?), todas estas sensações que vou procurar transmitir para a tela.

Com essas belas palavras (poema)que nos dedicou, ajuda muito mais do que imagina...

E mais não digo...
rsrsrs

B.B.
António

A.Tapadinhas disse...

Reflexo d Alma: Cada um de nós pode, e deve, reescrever a sua história...

...se a que lhe estava reservada não lhe agradar!

Beijo,
António

A.Tapadinhas disse...

Jorge: Já numa outra tela me disseste que o princípio estava espectacular...

Eu, algumas vezes, tenho a tentação de não lhe mexer mais e deixá-la assim inacabada, mas perfeita...

...mas acabo sempre por continuar.

Vais ter uma surpresa na postagem seguinte...

Acho que é ele que me leva a ver os barcos e o mar, tal é a alegria que manifesta assim que se apercebe onde está: é irrestível a alegria duma criança...

...e o riso duma mulher...
rsrsrs

Abraço,
António

Udi disse...

E você nos propicia a delícia de também sermos crianças ao contemplar a magia dos espaços em branco serem preenchidos pelas cores, como num toque de fada! Como a abóbora a se transformar em carrossel!
beijos agradecidos.

A.Tapadinhas disse...

Udi: Mágica a alegria duma criança e a nossa capacidade de nos encantarmos com ela...

Quando era novo, por razões que a razão desconhece, nunca consegui saber os meus limites físicos.

Agora, menos novo (hehehe), não consigo saber os limites da minha capacidade de amar.

Entre uma data e outra estão quarenta anos de aprendizagem...

Como o tempo passa!!!

Beijo,
António

I need a miracle disse...

Aún sin acabar, me parece realmente bonito. Me encantan esas líneas sutiles que tanto expresan como por ejemplo es el caso de los reflejos en el agua.

Con esas tonalidades anaranjadas reflejas toda la alegría y luz.

Saludos, qué bonito es pasear por aqui

Jeferson Cardoso disse...

Tapadinhas, mas que coisa linda essa sua pintura, essa sua amizade com o neto e essa sensibilidade que sai de tua alma e nos encantou eternamente.
Parabéns, amigo, e um forte abraço!

Jefhcardoso

A.Tapadinhas disse...

Si es lo que parece: Espero que depois de acabar a magia que senti se mantenha, para mim e para os amigos...

Saludos,
António

A.Tapadinhas disse...

jefhcardoso: Esta nossa capacidade de nos encantarmos é uma receita de felicidade...

Parece-me que estava na primeira fila quando foi a sua distribuição...

Não a perca!

Abraço,
António

Graça Pereira disse...

Já não venho aqui há uns tempos e...encontro maravilhas!
Tenho pena de não dispôr de mais tempo para acompanhar a tua obra mais de perto. A Marina de Portimão vai ficar num deslumbramento a testemunhar o companheirismo com o teu neto. Acredito que vai olhar para este quadro sempre de um modo diferente.
Beijo
Graça

A.Tapadinhas disse...

Graça Pereira: A tua visita é sempre uma alegria...

...Muitas ou poucas, são na quantidade certa.

O meu coração já não aguenta muitas emoções fortes. As tuas palavras além de carinhosas são sempre muito estimulantes. Obrigado!

Beijo,
António

Nilredloh disse...

António,

Já tinha saudades de aqui vir! A evoluçaõ da sua pintura desconcertou-me ao ponto de ter que confirmar algumas vezes se se tratava mesmo da mesma pintura. Concordo com o que o seu amigo Jorge disse: a primeira pintura/desenho está fantástica; evoca-me Hugo Pratt, embora tão diferentes. Na versão final, aquele barco parece feito de mercúrio. De facto, só um artista eterniza um momento.

Um abraço com toda a amizade,

Jorge

A.Tapadinhas disse...

Jorge: Só agora li o seu comentário, por isso só agora estou a agradecer as suas palavras!

Abraço,
António