quinta-feira, 11 de novembro de 2010
FAVELA
Favela 911 Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 50x60cm
(clique sobre a imagem)
Favela no Brasil, bairro de lata em Portugal ou musseque em Angola, são palavras que definem a área degradada de uma cidade, caracterizada por moradias precárias, com edificações inadequadas e materiais de construção inventados, muitas vezes estranguladas entre morros ou colinas.
No meu quadro é o azul que oprime as casas e as pessoas que se adivinham nos intervalos coloridos das vielas estreitas e é o amarelo que serve de manto diáfano para a dureza do quotidiano.
Esta é a primeira obra duma nova série a que chamo, Favela, porque das palavras que definem esta realidade, é a palavra mais colorida.
Na penumbra dourada que suaviza as cores cruas do passado presente, espero que encontrem a beleza verdadeira, aquela que provoca arrepios, como na canção de Caetano Veloso, Menino do Rio.
Tomem esta minha obra como um abraço!
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70 comentários:
Sim, tem razão...
Favela terá mais colorido,
Musseque não!
(posso tomar essa sua obra... como um abraço?)
Muito bem composta,
a sua imagem!
Um abraço
Belo retrato desse aglomerado que só cresce em meu país. Esse azul que oprime também suavisa os dias de barra dos guerreiros favelados.
Grande tela!
Ah, sim. Sei que é tarde pra isso, mas,quando conheci teu blog me veio à vista a tua "Floresta maravilhosa", lembra, não? Gosto de voltar àquela vereda, sempre que posso. Imagino-me percorrendo a vereda misteriosa. Ela exala medo, curiosidade e um misto de calafrio com estupefação. Gostaria de sonhar com ela.
António
Estou me sentindo um pouco como as pessoas oprimidas no teu quadro brilhantemente real!!
Oprimida por mim mesma e pela capacidade de ser parva!!!!!!!!!!!
Bjinhos
Anne
A importância das palavras!
O que é certo é que a realidade não se altera, só com palavras...
Pode e deve!
:)
Abraço,
António
Vieira Calado: É um tema muito aliciante!
Obrigado pela visita e bom fim-de-semana!
Abraço,
António
Alexandre: Nem sempre as imagens mais chocantes são as que obtêm melhores resultados.
Um pouco de beleza é sempre uma ajuda...
Abraço,
António
Gonzo Sade:
1-Existe noutros países, Portugal incluído, com outro nome, mas com uma realidade semelhante...
Agradeço o teu elogio!
2-Claro que sei do que estás a falar! Essa obra foi executada num período difícil da minha vida!
Estou, agora, a olhar para a vereda misteriosa... Continuo a ver, lá ao fundo, uma luz...
Sonhar com ela? Bons sonhos!
:)
Abraço,
António
Anne: A tua imaginação, a tua sensibilidade é capaz de te colocar nos sítios mais improváveis, de descobrir os mais pequenos detalhes...
Eu confesso, que não tenho capacidade de perceber a que te referes, no final do teu comentário. Queres partilhar comigo o que pretendes dizer?
Deixo-te um beijo, com o desejo de um óptimo findi!
António
Recebi o seu abraço, forte como a sua pintura.
Uma tela expressiva, intensa e colorida, tal como a multidão nela contida.
beijinhos
António :-)
As vezes AINDA consigo ter a capacidade de agir como uma parva de 15 anos!!!! E me enxerguei perdida nas ruelas da tua tela! rsrsrsrs Estou bem.
Beijão de Montevideu
Anne
É linda!!!! e eu acho o máximo poder ouvir(ler)do próprio artista, o porque das cores, das formas, do sentimento no ato criativo...e um pouco entender a alma criativa, obrigado...me sinto totalmente abraçada...bjs cléia
Querido amigo,
Gostei genuinamente deste seu trabalho. Nascida em Angola, conheço bem os mosseques...
Ao vê-lo, a primeira coisa de que me lembrei foi de apresentá-lo a uma amiga Brasileira, de coração sensível á natureza, á pobreza e á beleza. Há dias ela ligou no blogue dela, uma tela de Paul Klee intitulada Rose Garden ás favelas do Rio de Janeiro...
Deixo-lhe o link:
http://supremamaegaia.blogspot.com/2010_10_31_archive.html#3808950181483769492
BEIJOSSSSSS
Olá, António!
A amiga Lolipop me levou seu link para esta tua bela postagem e vim espreitá-lo, claro!
Amei sua pintura e a descrição que fizeste. Cada vez mais fico feliz em descobrir pela blogosfera tantas pessoas sensíveis à arte e às letras.
Parabéns, lindo blog!
Passe no meu hoje e veja o que estamos a falar sobre a tela de Georgia O'Keefe.
abraço carioca
Fê-blue-bird: Coloridas palavras que me deixam muito agradecido...
Tenha um bom fim-de-semana!
Beijo,
António
Anne: Esse sentimento é sinal de uma saúde à prova de bala.
Em vez de te perderes nas ruas da minha tela, podes experimentar as vielas de Montevideu, que devem ser bem interessantes...
Beijo,
António
Cléia: É sinal da sua grande sensibilidade esse sentimento de se sentir abraçada por uma imagem...
Beijo,
António
lolipop: Em primeiro lugar agradeço-lhe as palavras amáveis...
Vou visitar o blogue que indica, com todo o prazer... Paul Klee é um dos imortais...
Beijo,
António
Beth/Lilás: Olá!
Lolipop é uma querida e a Beth deixou-me com muita curiosidade...
Vou aceitar já o seu convite e da Georgia O'Keefe, agradecendo as suas palavras!
Abraço deste lado do Oceano.
António
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Antonio, achei maravilhosa a sua visão! Favelas, não são só tristezas...
Parabéns, gostei demais desse trabalho!
Beijos de luz e o meu carinho...
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A mesma canção diz :
♪ "Tudo o que sonhares,
todos os lugares,
as ondas dos mares..." ♫
De fato essa obra canta.
Muito, muito bonito!
Beijo.
ℓυηα
mundo azul: Estou de acordo consigo, querida amiga!
Basta ver a quantidade de obras de arte baseadas nesse tema, em áreas tão diversas como pintura, música, teatro, eu sei lá!
Beijo,
António
Luna Sanchez: A cintilação da luz faz vibrar as cordas do nosso coração...
Beijo,
António
Deu um tom de beleza e bom gosto
à uma realidade não tão bonita ...
Bjo e uma Tarde Feliz !
António Tapadinhas, como não ficar extremamente admirada e sensibilizada com o encanto desse seu trabalho?
Voce deu a favela uma outra dimensão, onde com a beleza de suas cores conseguiu "encobrir" a feiura da realidade...
O que me fascina é a maneira como podemos "ver" essa realidade, sob o seu prisma ela fica bem mais colorida e alegre.
BB sempre encantados...
Olá amigo!
Muito azul, muito mais bela as favelas pintadas assim nestes tons.
Beijinhos de quem não desapareceu:)
Ná
Malu: A beleza está nos olhos de quem observa!
Tenha um bom fim-de-semana!
Beijo,
António
Fernanda: Olá! É um prazer recebê-la!
É bem-vinda em qualquer altura, minha amiga!
Beijo,
António
Ava: Quando falamos de uma realidade, estamos a chamar a atenção para ela!
Esta nossa atitude pode ser o impulso que falta para mudar o que está mal...
Temos de ter consciência da nossa importância, valeu?
BB
António
Admirável e Precioso Amigo António:
Um belo quadro que retracta uma favela.
"...Na penumbra dourada que suaviza as cores cruas do passado presente, espero que encontrem a beleza verdadeira, aquela que provoca arrepios, como na canção de Caetano Veloso, Menino do Rio...."
Não posso ficar indiferente a esta sublime e divinal forma de sentir intensa. Genial e de sonho.
Vê-se ao longe a excelência e majistral alegria metafórica de um Ser Humano de deslumbre que maravilha e enternece pelas atituides artísticas notáveis e sentidas.
Parabéns, amigo António.
Vale ouro puro.
Abraço amigo pela sua magia na confecção dos seus quadros soberbos de maravilhar.
Com respeito e sempre a admirar o que faz de forma brilhante e fantástica.
Grato pela visita que adorei.
pena
A.Tapadinhas,
gostei muito do quadro e das cores usadas: cores bonitas e alegres como são os brasileiros e em especial nós, os cariocas.
As cores tem a visão dos bons sentimentos e dos bons desejos do pintor em relação aos moradores das favelas. Obrigada. A tela em si tem características bem baianas nas cores e na expressão artística.
Um abraço.
Obrigada pelo seu comentário.
Li seu perfil e a importância da pintura para você, bem interessante.
Os seus quadros com barcos me despertaram mais atenção e emoção.Gostei dos textos que acompanham os quadros.
Preciso voltar com mais calma, menos cansada.
abraço.
Pena: Sinto que as minhas palavras não poderão expressar o meu agradecimento, como desejaria. Por isso, vou continuar a pintar...
Abraço,
António
Desnuda: Sinto bem no fundo do coração as suas palavras, porque são de uma pessooa qur conhece a situação bem de perto...
Convido-a a passear nos meus barcos e rios sempre que quiser: tem um passe vitalício!
Beijo,
António
Paula Barros: O final do anterior comentário é também dirigido a si:
Convido-a a passear nos meus barcos e rios sempre que quiser: tem um passe vitalício!
Prometo arranjar um remador para que o seu descanso seja total!
Tenha um bom Domingo!
Beijo,
António
Olá,
Como vai?
Obrigada pelo comentário no meu blog.
Adorei seus trabalhos, principalmente a retratação da favela. Deu um toque especial para algo, que muitas vezes é tão deprimente.
A partir de agora vou participar do seu blog, pois é interessante termos pessoas que adoram o lúdico da arte.
Tudo de bom.
Otra ves un cuadro impactacte.
Con un colorido que me recordo (a bote pronto) un Jasper Jonhs que vi en USA.
Una pena que todavia en estos tiempos todos los paises sigan sin arreglar el problema de las infraviviendas.
Olá Antonio. Sem palavras diante de tua tela! Beleza e poesia diante da crueza da realidade. Lindo! Beijos,
Bonito trabaho Antonio. Gostei especialmnete das marinhas. Muito obrigada por seu comentario tao generoso.
Cam
António, vim agradecer a sua visita e conhecer seu blog, suas pinturas. Adorei tudo que vi por aqui!
Parabéns, você é um grande artista.
Beijos
Carla
OLá Antônio,
obrigada pela visita, além de pintor tem alma de poeta.
Magnífica obra!!!
Abraços
Através do blogue "Só Imagens", vim dar uma escapadela ao seu blogue. Pintura é algo que me fascina, e por isso fiquei encantada com o seu trabalho.
Bjs
MariaKiki
pinceladsbymariakiki.blogspot.com
Teresinha Ferreira: Se uma realidade é perturbadora, em minha opinião, há duas maneiras de a modificar: mostrá-la pior do que é ou salientar o que tem de melhor...
Eu prefiro a segunda opção!
Beijo,
António
Jorge: Muito estimulante essa tua comparação! Gracias!
Quero ver o que dizes quando eu começar a pintar bandeiras...
hehehe
Abraço,
António
Glorinha: Obrigado!
"Sob a nudez crua da verdade o manto diáfano da fantasia"...
Beijo,
António
Camille: Comentário generoso, diz...
Mas eu acrescento, sentido e verdadeiro!
Beijo,
António
Carla Farinazzi: Agradeço a amabilidade das palavras...
e ainda mais a sua visita!
Tenha uma boa semana!
Beijo,
António
Paula Li: As suas palavras revelam a sua sensibilidade!
Agradeço as palavras e parabéns por ser assim!
Beijo,
António
Maria Kiki: Obrigado pela visita! Bem-vinda!
Tenha uma óptima semana!
Beijo,
António
Linda tela, Antônio. Brilhante a idéia de retratar uma triste realidade com alegria. Que afinal a favela é mesmo o retrato da diversidade disfarçado de comum. Assim como na sua tela. Adorei! Beijos
Bela arte em tela, Antonio! Vou seguir o seu blog para apreciar a sua arte. Boa noite, um grande beijo no seu coração :)
Favela, penso que é um nome fabuloso para a tua tela cheia de côr...Não sei se o azul oprime ou se pelo contrário é uma linha onde começa a liberdade!
Beijo
Graça
Belas cores fez um belo quadro.
Parabéns!
Obrigado pelas palavras no meu cantinho.
Te deixo outro abraço
Caro António,
Esse teu quadro é a melhor ilustração para a música de Sílvio Caldas, que, assim, cantou a Favela brasileira:
Chão de Estrelas
(Silvio Caldas/Orestes Barbosa).
Minha vida era um palco iluminado,
Eu vivia vestido de doirado,
Palhaço das perdidas ilusões . . .
Cheio dos guizos falsos da alegria,
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações.
Meu barracão, no morro do Salgueiro,
Tinha o cantar alegre de um viveiro,
Foste a sonoridade que acabou . . .
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou . . . .
Nossas roupas comuns dependuradas,
Na corda qual bandeiras agitadas,
Pareciam um estranho festival . . .
Festa dos nossos trapos coloridos,
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional.
A porta do barraco era sem trinco,
Mas a lua, furando o nosso zinco,
Salpicava de estrelas nosso chão . . .
Tu pisavas nos astros distraída,
Sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão . . .
Um abraço de Centauro
Walmir
Tem um samba paulista que define a Favela como "um inferno colorido,num quadro que o Diabo pintou". Você olha a favela com um viés mais poético,mas sem deixar de colocar um tom politico e social. Infelizmente, a droga e a violência tiraram há muito tempo a poesia da favela. Parabéns pelo quadro. Abraços e boa semana
Thaís Alves: Acho que em qualquer sítio, se olharmos com atenção, encontraremos motivos para acreditar no nosso semelhante...
Beijo,
António
Suziley: Agradecido pela visita e pelas amáveis palavras!
Beijo,
António
Graça Pereira: O teu ponto de vista é mais optimista!
Se calhar, também mais verdadeiro...
Beijo,
António
Bandys: Agradeço as palavras carinhosas.
Agora, deixo-lhe, um beijo,
António
Walmir Lima: Não conhecia! Agora, estou a ouvir esse retrato ao som do violão...
Quem tem internet e amigos assim tem tudo!
Obrigado, amigo!
Abraço de centauro,
António
Antonio: Se estivermos com a devida atenção encontramos poesia em todo o lado. Claro que essa poesia não deve ocultar a realidade dura ou como diz o poeta, a nudez crua da verdade!
Abraço,
António
Olá!
Quero agradecer a sua visita ao meu cantinho.
Sim aquela paisagem que pintei, é mesmo o sul da Suécia. São grelos em flor, e dessa flor é feita margarina e óleo.
Mas faz-me lembrar também os campos alentejanos.
Continue a pintar e a encantar com os seus trabalhos.
Bjs
MariaKiki
Olá, Antonio!
Que belas pinturas. Adorei!
É muito bom ver tudo através das tintas, não?
Um grande abraço
Maria Kiki: Não tem de agradecer a visita porque foi um prazer para mim.
Sempre que visitar o Sem Margens, sinta-se em casa!
Beijo,
António
Carmen Mesquita: É bom ver todas as coisas como um possível quadro, apreciar a cor, a luz, imaginar o que seria possível fazer para tornar o tema mais apelativo...
Desde que não se torne uma obsessão!
:)
Beijo,
António
Antonio,
as cores para mim representam as numerosas famílias ali concentradas.Cada uma fluindo um sentimento. As cores representam o abstrato. Assim é a vida, também na favela.Como posso afirmar quem é quem? Tudo se mistura num infinito de cores.Assim eu vi.
Beijos
Caro António,
Um morro-favela, mas pictoricamente lindíssimo... não percebo nada de pintura mas tento apreciá-la com os olhos do cérebro. Adorei essa pintura.
Um abraço com amizade,
Jorge
Coloquei a "Favela" de António Tapadinhas em um vídeo que estou enviando para o Youtube:
Aracy de Almeida - Minha Cabrocha
http://youtu.be/-sJ6G98xubg
Coloquei o devido crédito para o artista António Tapadinhas.
lucianohortencio
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