segunda-feira, 20 de abril de 2009

SERIAL KILLER


Sem Título Acrílico sobre Tela 65x54cm

Já devem ter notado que eu tenho uma infinidade de séries em que nunca faço a última obra e, outras, em que não passo da primeira. Como esta…
Este quadro foi cuidadosamente planeado, para ser a pedra de toque de uma série, que me entusiasmou na sua concepção.
Toda a tela foi coberta com diversas camadas de tinta, até ficar completamente lisa, para receber o desenho final. Em algumas zonas, passei com lixa de água para a sua superfície ficar sem qualquer irregularidade. Utilizei uma paleta muito limitada: Titanium White, Ivory Black, Ultramarine Blue, Winsor Violet e Permanent Rose. Depois de satisfeito com o tom base da pintura, em que foram utilizadas todas as cores que mencionei, operação indispensável para harmonizar o fundo com o desenho, comecei por distribuir a cor escura pela tela. Neste caso, não se pode dizer que comecei a pintar da sombra para a luz, ou do escuro para o claro, porque a cor é uniforme. Não pintei com preto puro: fiz uma ligeira mistura de Permanent Rose, para “aquecer” o Ivory Black. Utilizei seguidamente o Permanent Rose com uma pitada de Titanium White, apenas para reforçar o fraco poder de cobertura do cor-de-rosa.
Francamente gostei do resultado. Não me perguntem por que razão não continuou a série.
Ah! É verdade! Deixei sem título para não condicionar os comentários…

37 comentários:

Anne M. Moor disse...

Sabes o que mais gosta da tua obra como um todo? É que tens uma criatividade ímpar que faz com que cada quadro seja diferente do outro o que permite ao leitor viajar adoidado!!!

Ao botar os olhos neste, a primeira coisa que li foi o planejamento de uma cidade, de um bairro... mas ao ler mais vejo um quê de japonês - flores delicadas num arranjo encantador a acenar pra mim, leitor...

Adorei! Continua a série continua...

Beijos floridos :-)

Roney Maurício disse...

Engraçado, tive a mesma impressão da Anne (essa moça com jeito de arquiteta... rss). E mais especificamente: o traçado lembra o contorno de Belo Horizonte, primeira cidade planejada da América Latina.

Mas a primeira impressão, talvez influenciada pelo título do post, foi da visão do resultado de um tiro em um vidro laminado, assim como os de um automóvel...

Meu caro, tô ficando fã de suas telas...

Diente de león タンポポ disse...

Parece una rama florida de un árbol, ahora que estamos en primavera. Me gusta que expliques la técnica y los colores.

También me recuerda a los grabados japoneses, sencillos y delicados.

Tengo interés en ver cómo continuas la serie.

Besos.

Anónimo disse...

Date cuenta! Con semejante título, y las cosas tan bonitas que la gente ve en él. Se ve que yo me dejo influenciar por las palabras, ya que lo que vi desde el principio, fue un plano policial de la ruta de un killer :)
Besitos.

Anónimo disse...

me parece um alvo, em que se acerta em cheio e deixa muita dor, tipo um coração machucado.

bjosss...

Pena disse...

Oh, Fabuloso Amigo:
Fiquei sem palavras...
Entende, agora, porque...não sei que dizer...? Porque lhe chamo genial, sublime e talentoso...nas obras...no carácter...na pintura perfeita de grandioso valor pessoal e humano...compreendeu, extraordinário amigo...?
VOCÊ "sente" Arte. "Respira" Arte. É "feito" de Arte...

Abraço Amigo Gigante, perante a minha ignorância e a ignorância de que sou "feito"...
Um texto explicativo notável e grandioso de uma pintura...em que não me sai uma única palavra...uma única palavra, entende...?

DESLUMBRANTE! MAGISTRAL!
Sempre a estimá-lo e a considerá-lo...

pena

OBRIGADO pela simpatia no meu blog.
É sempre uma honra quando lá vai.
Bem-Haja, amigo GENIAL António!

€_r_i_K disse...

Antonio, no veo imagenes por ningún lado, llevo así dos entradas tuyas....


Abrazos....

mundo azul disse...

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Ficou muito interessante!Gosto de fundos assim, lisos... Deveria seguir o pensamento...


Beijos de luz e o meu obrigada, pelas palavras de incentivo!

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AFRICA EM POESIA disse...

Deixo umas letrase gosto muito de ver...Arte...obrigada por isso...

Será Arte?

Fecho os olhos e olho-te...
Vejo-te, como eu quero...
E como só eu sei...
E sei que encontro Arte...

Tento ver o teu rosto...
Olho e vejo-o...
Com todas as formas...
Que o amor contém...

E sinto que tu és...
Aquilo que não és...
Mas que queria que fosses...
E vou-te imaginando e pintando...

Acabo a obra...
E sinto o irreal real...
Pego nela e guardo-a...
Só para mim...e aconteceu Arte!...




Lili Laranjo

São disse...

Depois de um tão bom resultado, sugiro a continuação da série.
Até breve, vizinho.

Isabel disse...

A veces, las cosas aparentemente más sencillas son las que se crearon con más cuidados. De ahí un resultado fino, elegante, poderoso, dentro de su sencillez. Me gusta. Besos.
http://senderosintincados.blogspot.com

Carlos Sargedas disse...

Caro Amigo
Estou a organizar algumas exposições de fotografia e pintura sobre o Cabo Espichel.
Não sei se tem ou estará de certa forma interessado.
Poderá contactar-me através de carlossargedas@hotmail.com ou carlossargedasfotografo.blogspot.com
obrigado
Carlos Sargedas

jorge disse...

¿El plano aereo de una ciudad?

¿Un golpe en un cristal?

La radiografia de una neurona asaltada por instintos agresivos.

Flavio Ferrari disse...

Pintura fractal ... tá ficando pós-moderno....

A.Tapadinhas disse...

Anne: Esta (hipótese de) série será chamada de "A Invenção...". Neste caso é "A Invenção... das Cidades". Tenho como projecto, fazer " A Invenção... da Vida; ... do Fogo; ... da Luz; ... do Amor".
Vamos ver o que acontece...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

rm: Está desfeito o mistério, na resposta anterior. Para fazer este quadro, também vi cidades brasileiras... Uma obra pode ter diversas personalidades... Como o seu criador ou a pessoa que a detém...
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Toñi: A interpretação da obra é quase um teste da personalidade do observador... No teu caso, a beleza e espiritualidade, foram uma evidência...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Tilie: Na cidade representada está um assassino, mas estão também anjos...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Nanda Assis: Se procurares, encontrarás uma interpretação mais optimista para o quadro...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Pena: A sua interpretação tem a grandeza do seu espírito...
As minhas palavras pouco poderão acrescentar...
Um abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

€riK: Espero que esteja tudo o melhor possível...
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

mundo azul: São sempre muito gratificantes as suas palavras... de alguém que é sublime em traduzi-las em sentimentos...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

AFRICA EM POESIA: Estou muito honrado com a sua dedicatória... Vou guardar o poema...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

São: Vou registar o seu incentivo, para ajudar na minha decisão...
:)
Até sempre.
António

A.Tapadinhas disse...

Isabel: Preciosa a tua precisão nas palavras empregues...
:)
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Carlos Sargedas: Não tenho nenhuma obra sobre o local que menciona.
Agradeço a sua proposta e entrarei em contacto, pelo menos, para saber pormenores.
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Jorge: Como sempre, tens a pontaria afinada: qualquer das hipóteses é muito criativa...
Se tens curiosidade em saber mais, por favor, lê a minha primeira resposta (Anne) que tem o impulso primordial que me levou à criação de "Invenção das Cidades".
Abraço.
António

jorge disse...

Cuando entro en tu casa, me apunto a "suscribirse..." y voy recibiendo los otros comentarios y tus respuestas.

Ya habia leido tus palabras a Anne.

A.Tapadinhas disse...

Flavio: Pós moderno?
:)
Repara só no que virá a seguir...
:-J
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Jorge: Se ainda for a tempo...
Parece-me com interesse essa possibilidade. Podes dizer como se faz?
Abraço.
António

Udi disse...

Funny! Minhas impressões são uma combinação do que comentam Anne e ÉrreEme.
Quando vi a imagenzinha pequena, lá no blog dos venenos, a primeira idéia que me ocorreu foram as cerejeiras floridas. Depois, por sugestão do título da postagem (que nada tem a ver com a tela em si) imaginei rachaduras em vidro ou parede/muro.
Mas "as cidades", realmente não me ocorreram. Mesmo sabendo o "resposta" ainda ficaria com Cerejeira (fractal) em Flor.
beijos

Fabricante de Sonhos disse...

Oi!
sabe o que acontece? Quando te leio e vejo a foto de tua obra, me dá vontade de tocar... sentir a textura, ver de perto... rs!
Muito bom o texto e liiindíssima a obra.
Gostaria de ver... =/ Poxa vida!

Tenha um ótimo final de semana e fique com um beijinho meu, viu?

Fabricante...

A.Tapadinhas disse...

Udi: Se vês uma cerejeira em flor onde alguém vê casas, a vantagem é toda tua: a cerejeira é uma árvore maravilhosa, muito mais quando está em flor...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Fabricante de Sonhos: Quem sabe um dia não poderá ver e afagar,ao vivo, alguma das minhas obras?
Até lá!
Bom fim-de-semana!
Beijo.
António

A Torre Mágica | Pedro Antônio de Oliveira disse...

Sobre o comentário: adorei! rsrsrsrsrs Cheio de humor! Capacete! Uma ótima ideia!

Parabéns pela belíssima obra! Perfeita.

Abração.

Pedro Antônio

Silvia Giordano disse...

Me gusta tu estilo.
Saludos!

CHRISTINA MONTENEGRO disse...

Belíssimo. Mais uma vez: Parabéns!