sexta-feira, 24 de abril de 2009
DIA DO AMOR
Sérgio Godinho, uma voz de Abril
Dia da Liberdade Acrílico sobre papel Canson 400g
Ilustração publicada no jornal "O Rio"
A Câmara de Santa Comba Dão, terra onde nasceu o ditador António Salazar, cujo regime foi derrubado em 25 de Abril de 1974, inclui nas suas festas de comemoração da data, uma inauguração especial: a do Largo Salazar.
Um autarca, João Lourenço de seu nome, rejeita qualquer ideia de provocação e declarou: "Nunca me passou pela cabeça tal coisa. Só há três dias, alertado por um presidente de junta do PSD, é que me apercebi da coincidência".
Um antifascista, António Vilharigues, disse: "Escolher as celebrações para inaugurar obras num largo que leva o nome do símbolo do regime fascista derrubado pelo 25 de Abril, é a mesma coisa que no dia da discriminação racial alguém se lembrar de fazer uma homenagem a Hitler ou a qualquer comandante dos campos de concentração de Auschwitz ou Treblinka".
Estas duas posições relatadas nos jornais demonstram que a Liberdade é uma conquista já consolidada.
Falta saber o que vamos fazer com ela: 35 anos ainda não chegaram!
Bom fim-de-semana, em Liberdade!
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27 comentários:
En cuanto nos parecemos los dos paises compañero, menos mal que la civilización poco a poco se ha ido encargando de derrotar tiranos....
Abrazos....
A liberdade é algo que muda de conceito dependendo de onde o interlocutor se encontra...
António nem 35 anos nem nunca!!!!!
Beijos livres :-)
€riK: Nós temos uma espécie de compensação ou sublimação nas nossas canções nacionais: o fado e o tango...
Abraço.
António
Anne: Talvez tenhas razão: a liberdade e o amor é algo que nunca devemos dar por adquirido... É preciso cultivá-los todos os dias!
Beijo.
António
Nosotros amigo, poetas insuperables como Lorca o Machado, pero eso es lo de menos....
Sobre esa gran mansión que dices que es el Corazón, como casa desquebrajada el corazón también empieza a debilitarse, y hacer más invitados a él suele empezar con las taquicárdias......
Abrazos Amigo....
Es una pintura preciosa.
Me encanta el colorido.
Venir de visita a tu casa, picar la imagen y verla grande es para mi sinonimo de disfrute.
Cores vivas, fortes, de liberdade!!!!!
Como se diz aqui no Brasil: uma no CRAVO, outra na ferradura...
António, vai lá no Life... que tem algo que vais gostar :-)
Liberdade...cada qual chama-lhe sua!
Uma frase, dita e repetida, onde se procura dar a conhecer os variados conceitos de entendimento dessa palavra, por confundida com "libertinagem". Infelizmente!
Tenho para mim, que ser livre, tem regra. Por isso, neste aniversário da revolução com 35 anos, creio que a liberdade e a democracia, ainda estão pouco definidas. Lamento!
Trinta e cinco anos é uma vida, e continuo a ver muita desigualdade, os mesmos políticos e fazer política para "uso pessoal". Deveria começar aqui o exemplo de liberdade.
Desculpa o desabafo. Mas tive esperanças há 35 anos, que a cor da liberdade fosse mais transparente...
Felizmente os teus quadros, têm cores vivas e são reais.
Abraço forte.
Isso é sacanagem, e da grossa. Dizer que é coincidência, sai pra lá! No mínimo é provocação e algo muito sério, pois o que foi sempre pode ser de novo.
Amigo António, voltei hoje, e como vou participar da Blogagem Coletiva - O Filme da Minha Vida, que se dará nos dias 29 e 30 deste mês, dias estes em que estarei em tratamento, já publiquei o post no Galeria (só o filme, sem flores) e gostaria que você fosse lá e me desse uma força. Talvez esteja aqui nessas datas, mas o tratamento é tão forte, que estarei de cama.
Um beijo,
Renata
€riK: Temos de inventar um bypass, para evitar que determinadas coisas nos façam mal...
Abraço.
António
Jorge: Raras vezes me lembro de recomendar para ver a pintura no formato maior... Em contrapartida, tu nunca te esqueces...
Abraço.
António
Anne: Como podes verificar, já lá estive e, como esperavas, gostei! Esse foi um das sestas que eu reproduzi e da qual não tenho fotografia, tal como não tenho duma pintada a partir de um desenho de Almada Negreiros. Da minha interpretação da "Sesta", de Picasso, tenho, não sei como, uma fotografia, numa altura em que não guardava nada do que fazia...
Beijo sonolento (o primeiro!).
António
OUTONO: Não podia estar mais de acordo contigo. Liberdade e democracia, são dois conceitos, cuja aplicação na vida de todos os dias, nunca se podem dar como adquiridos. É uma construção de todos, todos os dias... É como uma flor: se nos esquecermos de a regar um dia pode secar...
Abraço.
António
Renata: É tão evidente, que não dá para acreditar que o cara estivesse a falar a sério!
Espero que tudo esteja a correr pelo melhor.
Abraço.
António
Un homenaje precioso a la libertad ya consolidada. Me gustó la música, un abrazo
Oh,Estimado e Fabuloso Amigo António:
Sérgio Godinho é um nome sonante da nossa Democracia e do Abril de cravos com um passado valioso e precioso de anti-fascista. A sua poesia e talento musical são de uma incrível beleza. Aliar o 25 de Abril ao amor é simplesmente notável.
O seu quadro é majestoso de talento e majistralidade.
Um texto profundo, com toda a razão e impensável de constar nos ideais democráticos e de liberdade que Salazar coartou imenso tempo ao povo português que merece compreensão e valor, pela forma extraordinária e sensível de maravilhar e fascinar. É como considero as nossas gentes que tudo de felicidade deveriam usufruir e de pleno direito e dever.
Um post admirável. A intencionalidade das idéias de Abril estão cá presentes e repletas de sensibilidade extraordinária. Profundo de um sentir comum a todos os habitantes desde lindo país, Portugal, que vive e sente a adversidade, o contratempo, o desencanto e a angústia.
BRILHANTE. ADOREI!
Feliz 25 de Abril com esperança num mundo melhor, onde a autêntica Democracia exista.
Abraço de respeito agradecido pela sua valiosa e preciosa amizade que é recíproca e extensiva aos seus.
Sensibilizado pelo seu génio criativo e profundo...
pena
Bem-Haja, amigo enorme.
OBRIGADO pelo convite que jamais poderia aceitar, embora o desejasse, mas sou uma pessoa recatada, simples e que vive para os seus. Não tenho muitos atributos de salientar e sentir-me-ia inoportuno, cansativo e sem saber o que dizer ou expressar.
Fica a intenção, que sensibilizado lhe agradeço. Vivo longe da capital e já não me lembro de a ter visitado. Deve estar tão mudada. Quando pequeno ia à sala de cinema Quarteto, na Avenida de Roma e "afundava-me" na magia do cinema. Lia nos cafés alfacinhas num sitío pacato e calmo.
Ainda existe o Quarteto...?
Que belas recordações, enfim,as minhas...
GINEBRA: Sérgio Godinho é um cantor da minha geração, um "rapaz" da minha idade, que mantém a jovialidade própria da juventude... talvez por causa do amor às pessoas e às coisas que o rodeiam...
Abraço.
António
Pena: Antes de ir dormir, resolvi passar pelo computador, para encerrar os meus festejos do 25 de Abril. Em boa hora o fiz, porque assim este acto simbólico foi executado com chave de ouro: as suas calorosas palavras.
O convite feito, foi a expressão dos meus sentimentos...
Pedro Bandeira Freire, o fundador do Quarteto - Quatro salas, quatro cinemas - morreu a 28 de Abril de 2008, de AVC, pouco tempo depois do encerramento dos cinemas... Perderam-se umas salas emblemáticas e um Homem. Já não me lembro se houve algum nexo de causalidade... pero que las hay, las hay...
Abraço.
António
Olá,
Passando para pedir um favor, se der, vote no meu blog que está participando de um concurso, ficarei muito feliz, o link está na minha ultima postagem em meu blog Esterança,
obrigada de coração!
Ester: Um pedido seu é uma ordem! Já passei pelo seu espaço e cumpri a minha obrigação, com muito prazer e como é dever dos amigos...
Beijo.
António
António, com um dia de atraso transcrevo a homenagem ao 25 de abril da Marcia Maia em seu blog. Além do texto há ainda uma linda imagem e um recado a vocês, irmãos d'alem mar... vale a pena uma visita: http://www.mudancadeventos.blogger.com.br/
"A noite que há tanto se estendia, súbito, à beira Tejo, se foi dissipando. Há tanto emudecidas, as gentes se surpreendiam cantando. Primeiro manso, e então, a plenos pulmões. E da terra e das mãos de cada um, brotaram os cravos. Rubros cravos. Em toda a parte floriu a terra morta. Em toda a parte fez-se nova e eterna a primavera. E a Liberdade abriu seus braços sobre a terra, sobre o Tejo. E, por toda a Terra, fez ouvir a sua voz. E de longe, sobre o mar, nos acenava nos dizendo: é possível. E de longe, sobre o mar, todos nós, também cantávamos, também sorríamos. E sonhávamos com o dia em que os cravos — todos rubros — finalmente brotariam entre nós."
beijos
*dia do amor! que lindo!
Udi: Quando o prémio é bom, nós dizemos que valeu a pena (se a alma não é pequena) esperar. Essas palavras bonitas que transcreve são mais emocionantes porque, no meu caso, vivi cada um dos momentos e cantei, também, a plenos pulmões a canção da revolução dos cravos "Grândola Vila Morena"... a terra da fraternidade que quero seja o meu país...
Vou já ver a Marcia Maia.
Um grande bem-haja!
Beijo.
António
...e com lágrimas nos olhos e o coração apertado, completo o verso do Chico: "manda novamente algum cheirinho de alecrim".
"Um grande bem-haja" é das coisas mais lindas que jamais havia lido antes!
Obrigada, amigo d'alem mar!
beijos
deixei o link para esta postagem lá no blog da Marcia Maia.
El amor y los libros, bellos compañeros!!
Un abrazo grande para tí, amigo Antonio:)
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