segunda-feira, 14 de julho de 2008
NDEBELE
Universo Óleo sobre tela 100x75cm
Na viagem que fiz à África do Sul, dois aspectos marcaram-me duma maneira especial: os animais selvagens que tive a oportunidade de ver e as comunidades nativas que sobrevivem, com a sua identidade, até aos nossos dias. Não há qualquer semelhança entre ver os animais em liberdade e no Jardim Zoológico: depois de poder comparar as duas situações, temos a sensação de que os animais do Jardim Zoológico têm vergonha do cativeiro em que se encontram. Com as comunidades nativas, estranhamente, não tive essa sensação: mostram-nos sem pejo as suas casas, os seus trabalhos, a sua actual maneira de viver. O povo Ndebele, cuja história se perde nas brumas do tempo, vive actualmente perto da cidade de Pretória. As pinturas das casas deste povo guerreiro, os utensílios e adornos que as mulheres usam, com o seu significado religioso, místico, talvez até mágico, foram os elementos formais e plásticos que utilizei, na criação desta obra.
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21 comentários:
Como tem coisas, pessoas, animais neste mundo que não conhecemos, e nem sonhamos como vivem...
Quadro diferente este teu dos demais...
Beijos místicos :-)
António, antes de mais , quero agradecer-lhe a visita, mesmo que intimidado, espero que a Rê não lhe tenha mandado cartas anónimas e essas coisas todas, mas adorei a palavra. Para lhe resumir, não sou artista, nem nunca terei a ilusão de o ser, espero entre dois dias de trabalho ter o tempo de fazer algo, reduzir possivelmente o tempo de trabalho para tornar o objectivo de poder criar, mais consistente. Quem sabe. Apreciei a sua obra, passei vários anos fora, mas sempre em cidades, até hoje apenas visitei três locais por uma lógica muito pessoal. Agradável a utilização das tonalidades de origem. Deve ter sido agradável a mistura das cores com os cheiros do linho. Abraço pelo tudo e pela forma de vida.
Si yo supiera pintar como tú, pintaría algo relativo a mi reciente viaje a la India. He visto cosas tan hermosas que, con la luz que tú les das, quedarían aún más bellas. Un abrazo.
http://senderosintrincados.blogspot.com
Vc é artista e seu espaço é lindo,bjssssss de luz e que sonho se realize...bom dia!
Que bonito o cadro, a verdade é que dentro do arte africano, hai obras espectacularaes. Saúdos
Olá "querido" Pai!
Sei que continuas com problemas no computador, e que se calhar nem amanhã ele vai estar arranjado, mas não queria deixar de te enviar um beijinho e dizer que apesar de diferente do genero continua a ser um quadro muito especial como tu!! :-)
Beijinhos da tua filhota e do meu filhote que continua a admirar longa e demoradamente os quadros do avô!
Antonio
Magia pura! "Sine pennis volare haud facile est" (não é fácil voar sem asas) mas você consegue. Uma aula de antropologia a cores.
Sou seu fã.
Me sorprende el continuo cambio de estilo en tus obras.
De entrada, este cuadro me parecio un diseño para una preciosa alfombra (perdon, perdon). Te dire que me parece precioso.
Las historias que escribes estupendas.
Es dificil pensar que los animales de los zoos esten felices.
Curioso como algun ser humano sigue viviendo segun antiguas costumbres en este mundo (en el occidente rico) tan materialista.
Belo trabalho!
Com certeza, ver os animais fora das jaulas, deve ser bem diferente!
Beijos de luz e o meu carinho...
Anne: O animal que eu menos conheço neste mundo é o meu computador: quando lhe acontece alguma coisa, fico mais indefeso de que o meu neto que tem um mês! Agora, é o recomeço que vai levar tempo até ficar normalizado.
Beijo destreinado.
António
Carlo Rochas: De certeza não tem o "s" trocado? Tenho tendência a escrever "Carlos Rocha"... :)
Eu comecei a pintar quando tive de me reformar. Se estivesse a trabalhar a pintura seria um objectivo adiado. Isto para lhe dizer que, às vezes, a nossa vida se modifica drasticamente quase sem notarmos. Ao ver a sua pintura, temos a sensação que lhe dedica todo o tempo do mundo... Um dia, se for esse o seu objectivo, estará a pintar em full-time.
Abraço.
António
Isabel: Tenho a certeza de que a Índia é um país maravilhoso para um pintor, principalmente por causa da sua inesgotável e variada beleza. Guarda bem essas imagens dentro de ti...
Beijo.
António
fragmentos... Ler essas palavras faz bem à alma...
Beijo.
António
d´agolada: Sem a arte africana, talvez Picasso não tivesse sido quem foi, a Arte do nosso século era diferente e o mundo também... Melhor não seria...
Abraço.
António
Elsa: Querida filha e neto: Já dá para te responder por este meio. O "outro" mais antigo (boca-a-boca), acabou por ser mais rápido.
:)
Jorge Lemos: Guardo essa frase em latim para utilização futura. Normalmente, guardo o contexto em que foi dita. Esta, para mim, fica registada como escrita por si a referir-se a um modesto pintor.
Abraço, mestre.
António
Jorge: Dada a utilização que deste ao meu quadro não fico ofendido... Com uma condição: a reprodução ser feita em seda. Adoro tanto o toque da seda como o da pele da mulher...
Espero continuar a surpreender-te!
Abraço.
António
mundo azul: É completamente diferente! Acho que não é possível transmitir em palavras a beleza selvagem que irradiam.
Beijo.
António
Lindo teu blog, muito bom vir aqui.
Parabens
Maurizio
Olá, Maurizio! Obrigado pelas palavras e pela visita. Gosto que meus amigos se sintam bem.
Abraço.
António
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