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Favela 2711 Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 100x110cm
No espaço de tempo em que concluí Favela 1511 e Favela 2711, a situação tornou-se explosiva nas favelas do Rio de Janeiro.
Leio no DN:
Dezenas de tanques cercaram o Complexo do Alemão, na região norte do Rio de Janeiro, na véspera da derradeira investida militar, ontem, na área. Madrugada de vigília. Medo e psicologia de guerra. De um lado moradores da comunidade em pânico, resguardados em casa. De outro criminosos escondidos e armados a engendrar uma forma de fintar o cerco policial. 2600 homens: polícia militar, civil, federal e soldados do Exército e da Marinha, contra o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio. Desde domingo são 38 mortos e 80 veículos queimados.
Leio mensagens de apoio a esta acção.
Leio de Marcello Salles, jornalista:
O povo brasileiro não deve se deixar iludir pela operação casada entre governo do Rio e corporações de mídia. Não se pode vencer o tráfico de drogas nas favelas, nem com tanques de guerra, nem mesmo com bombas atômicas. Por um motivo muito simples: os donos do negócio não estão lá.
Leio mensagens de apoio a esta crónica.
Leio que o filme português, “Complexo – Universo Paralelo”, rodado no Complexo do Alemão, foi vencedor na categoria, Melhor Filme Internacional Direitos Humanos, do Artivist Film Festival, em Hollywood, Los Angeles.
Leio que, Diaky Diaz, fundador e produtor executivo do festival, afirmou que "com a urbanização a aumentar em todo o globo, mais e mais pessoas vivem em grandes guetos. Filmes como este permitem-nos realmente olhar para essas zonas com compaixão e forçar-nos a reflectir sobre o que podemos fazer para tornar melhor a vida dos nossos semelhantes".
É um óptimo destino para uma obra de arte: ajudar a reflectir!
Eu procuro fazê-lo com as minhas obras! Não é por acaso que esta tem como cores dominantes as da bandeira do Brasil!