segunda-feira, 28 de junho de 2010

DEPOIS DE VAN GOGH


Cais de Alhos Vedros Acrílico sobre Tela 30x40cm
(clic sobre a imagem)

Nos dias que passei em casa do Mestre, regressei a casa com algumas certezas e muitas dúvidas.
Na análise dos seus desenhos, fiquei com a certeza que, afinal, ele preparava os seus quadros ao pormenor, com a indicação da fonte de luz e os seus traços dados com a direcção e intensidade que permitiam a aparente espontaneidade da sua pincelada. Num dos retratos, inacabado, é visível a quadrícula que utilizou para respeitar as proporções do modelo.
Sobre as dúvidas falaremos depois.
Neste meu desenho, não indico a direcção da pincelada, mas está garantida a sua espontaneidade, pois tenciono cobrir toda a tela com este vibrante Cadmium Yellow Médium Hue…
Quero que este amarelo fique a cintilar por debaixo das cores que o vão cobrir!
Vou continuar o meu trabalho.
Até já!

terça-feira, 22 de junho de 2010

À PROCURA DE VAN GOGH

Diógenes percorria as ruas de Atenas com uma lamparina dizendo estar à procura de um homem honesto. Não sei se o encontrou.



Eu procurava o Mestre da Pintura que criou com a sua cor, um mundo novo.










Na minha busca passei pelos canais de Amesterdão,















pelos cafés da noite,











percorri os campos de trigo, com corvos,








verifiquei no moinho de tinta de Kat em Kalverringdijk...




Finalmente, encontrei-o, em toda a sua pujança, no seu museu.

Espero que o tenha trazido comigo.
A urgência de Van Gogh em viver a vida, nos curtos dez anos que dedicou à pintura, vai ser a minha, para confirmar se consegui absorver o seu espírito.
Por falar em Mestres: fiquei desolado com a morte de Saramago!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

CONVITE ACEITE!


Convite para um café - Óleo sobre tela 80x100cm

Esta tela está em Zambujeira do Mar, num monte alentejano que pertence a um grande amigo meu. Está lá, porque foi a prenda de anos que a sua mulher lhe ofereceu.
De vez em quando, passo uns dias no monte para fazermos grandes (ás vezes pequenas, mas não é o mais importante) pescarias na foz do rio Mira, ou nas praias da costa alentejana.
No monte, sento-me numa cadeira com fundo de palha, semelhante à que tenho na tela, frente a frente, separados por uma mesa. Sinto que aquele lugar na cadeira, não está vazio: Vincent Van Gogh está lá sentado. Eu vejo-o lá: os seus cabelos e barba vermelhos, o seu rosto anguloso com rugas bem vincadas e, sobretudo, os seus penetrantes olhos verdes a dizer-me ... não me atrevo a dizer o quê...
E, na próxima semana, finalmente, vou retribuir-lhe a visita! Vou a Amesterdão e espero passar um dia na companhia do génio, na sua casa, o Van Gogh Museum!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

ADORADOR DO SOL



A Cidade do Sol
Acrílico sobre Tela (Políptico) 4x25x30cm

Gostei tanto do resultado da inspiração momentânea que me levou a executar o políptico “A Cidade dos Sonhos”, utilizando a gama de cores frias, que parti para a “Cidade do Sol” com a ideia precisa do que pretendia.
O olho humano distingue uma grande variedade de cores e tons, sem limites definidos. Este espectro visível abrange uma certa gama de frequências que correspondem a seis cores: vermelho, laranja, amarelo – cores quentes e verde, azul e violeta – cores frias.
Decidi, nestas quatro telas, utilizar a minha paleta de cores quentes na transmissão da sensação do sol a aquecer o ar, as casas, a alma da gente da minha Lisboa.