terça-feira, 15 de janeiro de 2008

BIBLIOTECA


Biblioteca Acrílico sobre tela 50x60cm


Biblioteca
Desenho a tinta da china sobre papel Canson 21x29cm

A obra que apresento, foi feita a partir de um esboço que fiz para ilustrar uma crónica de jornal. O esboço pareceu-me demasiado abstracto para poder ser considerado uma ilustração e resolvi fazer este desenho puro e duro que foi publicado com a crónica.


Esboço com caneta Rotring isograph, sobre papel, 17x20cm

Depois da publicação da crónica e do desenho, fiquei com um esboço a tinta da china de que eu gostava tanto que considerei a hipótese de o explorar noutras dimensões e com a adição de cor.
Esta obra foi de execução aparentemente fácil. Todo o trabalho de luz e sombras estava definido no esboço. Os elementos concretos de que me ia servir para introduzir o observador na biblioteca estavam lá: os arcos da estrutura do edifício, as portas, os corredores, as escadas com os seus corrimãos, as prateleiras com os livros... Torná-la confortável era a missão que a cor teria de cumprir. Nunca ficou claro no meu espírito se devia ou não povoar a biblioteca de leitores...
Cobri toda a tela com yellow ochre e burnt umber, definindo logo as zonas mais luminosas e as mais sombrias. Naples yellow e titanium white foram as duas cores que deram mais luz a zonas pouco iluminadas ou que precisavam de contrastes mais fortes para dar vida ao conjunto. Com o burnt sienna dei o tom avermelhado quente para tornar a biblioteca confortável. A cor azul (cerulean blue hue) serve também para dar contraste ao tons quase monocromáticos utilizados, mas sobretudo para abrir janelas, por onde a luz do sol entra e se vê o céu. Indispensável numa biblioteca.


BIBLIOTECA, O PAÍS DAS MARAVILHAS

Sinto saudades, absurdas saudades, dos momentos angustiantes que antecediam a minha entrada na biblioteca.
Actualmente, entra-se e pronto.
Dantes, não era certo o direito de admissão, mesmo cumprindo todas as regras. A porteira, com os bigodes iguais aos dos actuais porteiros das discotecas, tinha o direito divino de inventar uma regra para só deixar entrar quem lhe apetecesse. Mas atenção: nunca houve tiros para forçar a porta. A nossa imaginação só chegava ao lançamento duma garrafinha de mau-cheiro, por alturas do Carnaval.
A cerimónia de recepção, era tão complicada, como o ritual de acasalamento dos papagaios. Depois de depositar o BI nas garras da seresma, ela olhava para mim, cheirava-me, via a sola dos meus sapatos, examinava as minhas mãos e unhas com o ar de um sargento de artilharia, a revistar soldados.
Nesses infindáveis momentos, nem conseguia respirar o prazer de ter pulmões. Fazia o meu sorriso mais cativante mas só com muito custo conseguia evitar que raios paralisantes saíssem dos meus olhos, directos ao coração da megera.
Um último olhar para examinar os cabelos e levantava um braço, que tinha na ponta a mão, mas donde eu via sair um martelo que me atingia a cabeça. Algumas vezes, que maravilha, tinha uma senha azul e um dedo que me apontava o cimo das escadas.
Já sabia todos os truques para aumentar as hipóteses de subir ao paraíso: para eliminar cheiros suspeitos, tinha nos bolsos bolas de naftalina, misturadas com os bugalhos e abafadores, molhava os cabelos para baixar os remoinhos, calçava botas cuidadosamente ensebadas para não rangerem, com solas de borracha para não fazer barulho.
Apesar de tudo não era certa a entrada. O Zé Mocho ficou uma vez à porta porque tinha o risco do lado errado da cabeça.
Era preciso subir o primeiro lanço de escadas com muita calma: correr, era proibido!
Chegava a uma porta envidraçada. Esperava, sem sinais exteriores de impaciência. Bater, nunca! Quando a cabeça da senhora, com o nariz pousado numa montanha de papéis, se levantava para olhar o verme que se atrevia a incomodá-la, eu levantava, lentamente, a mão para lhe mostrar a senha.
A senhora recebia o passe e ciciava: “Sssegue-me, sssem barulho.”
Em bicos de pés, num ballet estranho, tic, tic, tic, chego a uma mesa comprida cheia de pessoas mergulhadas nas ondas de perfumes de tintas e bolores, drogas alucinógenas, cujo perigo ainda não tinha sido detectado pelos guardiões do regime. Sento-me numa cadeira vaga. Preencho a ficha com o pedido do livro a que tenho direito: a senha azul limitava o acesso a obras indicadas para meninos até aos catorze anos e para meninas até aos dezoito anos. Nunca percebi porquê. Passados uns eternos instantes, a bibliotecária deixa o livro requisitado na minha frente.
A partir desse momento esqueço a humidade desta sala bafienta, mal iluminada, ou os cadáveres sentados em cadeiras, a voltarem folhas de papel cheias de carunchos esfomeados, crac, crac, crac…
Lá fora podia subir ao sol, beijar as nuvens, falar com os pardais, afagar ou chutar uma bola… Tudo passava para segundo plano.
Com a ajuda do meu amigo, il Signor Emílio Salgari, vou derrotar todos os piratas, vou descer ao fundo dos oceanos com Monsieur Júlio Verne, com Mister Mark Twain vou ganhar amigos para sempre, ou vingar-me de todas as traições com Monsieur Alexandre Dumas.
Foi numa destas salas que Einstein formulou a teoria da relatividade. Assim também eu: lá dentro o tempo voa!
É sempre com um sobressalto que oiço ao meu ouvido:
- “Faltam dezzz minutossss”.
Agora, que tinha descoberto a palavra mágica para entrar na caverna do tesouro…
Nas bibliotecas actuais sinto a falta do barulho do caruncho, acho estranho estar a ver o sol a entrar pelas grandes janelas, enquanto, conduzido por Mary Shelley, entro num castelo sombrio, com perigosos vampiros sedentos de sangue, à espera da chegada da noite para beberem tudo.
Acho excessiva a familiaridade, com que posso ir buscar à prateleira, sem uma requisição em papel selado, Saramago
- Com que então, um Nobel, pá?
digo, dando-lhe uma palmada na lombada, ou Camões
- Tás bom, ó zarolho?
para não falar do disparate que é, deixarem qualquer pessoa sair pela porta fora com o Lobo Antunes na mão. Coitado, nem nas prateleiras o deixam sossegado.
Melhor, melhor mesmo é o sorriso simpático com que sou recebido na biblioteca. Mas, mesmo assim, não sei…É demasiado fácil. Acho que falta a incerteza, a angústia de poder, ou não, entrar. Ninguém me pede uma senha!
Serei masoquista?

45 comentários:

Unknown disse...

Olá, meu amigo. Tem você um belo espaço. Obrigado pela sua visita ao meu. Um abraço,
V.

paula disse...

Fantástico o esboço com caneta sobre papel.
Parabéns

Anne M. Moor disse...

"Biblioteca" é um convite à leitura! As cores!!!!! Traduzem aconchego, paz, cheiro de livros... Me lembrou da biblioteca do Prof. Higgins em "My Fair Lady".
A crônica tem a tua cara :-) adorei!!! Acho que és masochista sim... hahahahaha
Beijos

SHE disse...

woow... me gusta el cuerpo que le das a tu relato, hay de todo, magia, color, humor(necesario), misterio y una pregunta que da risa.
jajajja.

Me gusta la entrada de la luz en tus cuadros.

mi cariño para tì querido Antonio

A.Tapadinhas disse...

elpoeta: Ainda não sei que nome se esconde por detrás de V., mas isso não é importante... Importante é mesmo a pessoa que escreve com a sensibilidade que revelas. Nota-se até no português correcto em que te expressas...
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Paula: Agradeço-te as palavras curtas mas eloquentes...
Um abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Anne: Ainda bem que te sentiste confortável na minha biblioteca!
The rain in Spain...
Agora, estou num blog colectivo para o qual fui convidado, que gostava que visitasses. Está no meu perfil. É o vosso Prozac...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

She: Eu gosto de tudo nos teus comentários: a magia com que escreves no teu espaço, está contida, por inteiro, nas palavras que me dedicas.
Beijo sorridente.
António

Sibyla disse...

Querido amigo Antonio:
Has conseguido plasmar en el cuadro de la biblioteca, el misterio y el caudal condensado, de sabiduría que duerme en los libros.
Tienes razón, las bibliotecas son mundos aparte, donde uno puede entrar
al país de las maravilas, y disfrutar de diferentes tipos de historias y relatos.
En mí,siempre creraron una fascinación especial.

Un fuerte abrazo!
Sby.

gorrión disse...

....mi querido y buen amigo Antonio ; estuve leyendo la información de tu nuevo blog y quisiera preguntarte por una duda que me surgió : en Portugal se considera a Galicia como un apéndice de la cultura portuguesa ? incluso a la lengua gallega como derivación de la lengua portuguesa?
Nunca lo había oído y me gustaría informarme con la ayuda de tu valiosa opinión mi querido amigo!
Por lo demás....me encantó tu pintura y lo que has contado sobre ella!
Abrazos muy grandes ...a MIL !!!

A.Tapadinhas disse...

Sibyla: Quando eu era criança, as poucas bibliotecas que existiam, tinham regulamentos como os quartéis militares. Com a democratização de Portugal, também as bibliotecas surgiram como flores na Primavera e sem os condicionalismos que tanto condicionavam quem, como eu, tinha muito prazer em ler.
Beijo com letras.
António

A.Tapadinhas disse...

Javier: Há um movimento em marcha para reivindicar dos governos português e espanhol a candidatura do Património Imaterial Galego-Português, na Unesco. Em Novembro, milhares de crianças fizeram uma festa, cantando o hino "Mais perto", sobre as quatro pontes que atravessam o rio Minho, lançando balões com as cores de Portugal e Galiza. Sandra Gonzalez, alcaldeza de Tomiño,falou num grande "irmanamento fraternal". Os portugueses do Minho e os galegos entendem-se perfeitamente.
Queres saber algo mais sobre a língua galaico-portuguesa, podes ver no Google, por ex. GRUPO PARALAXE - Periferias... Dizem que os galegos são portugueses, que vivem do lado de lá do rio, e os portugueses são galegos que ficaram do lado de cá. :)
Abrazos de hermano.
António

ana disse...

Siempre me pesa no saber.
Me gustaría comprender tanto el portugués que fuera capaz de saborear cada matiz,
se pierde tanto por el camino!
un abrazo Antonio
ana.

Anne M. Moor disse...

António: Estive lá e deixei-te um recadinho :-)
Recebi um convite (Será indicação tua?) com a qual estou empactada!!! Não sei se a devo aceitar... Não me sinto com competência para o que me convidaram!!!!!!!!!!!!!!! Socoooooooooooooooooooorro!!
Beijos estarrecidos :-)

A.Tapadinhas disse...

Anne: A tua competência é inquestionável... É só uma questão de vontade...
Receita - um Prozac por dia... durante uma semana... :)
Beijo.
António

Anne M. Moor disse...

OK, acho que me convenceste...
Beijos descansados :-)

Fay van Gelder disse...

Olá amigo António:)
BIBLIOTECA, O PAÍS DAS MARAVILHAS -concordo e assino em baixo:)

Adorei os esboços :)

E quando um para aqui a amiga? ... risoss... muitos...

Kiss:)

Fernanda Irene disse...

¡Ay, Antonio! Los idiomas no son lo mío. Ni con el diccionario consigo captar todos los matices de tu historia; me quedo con el argumento, pero me pierdo la esencia de tu escrito, tu ironía, tu sentido del humor. Y digo yo... ¿no nos podrías dejar una traducción simultánea? En cuanto a tu pintura... ¿qué decir? Pues que me dan ganas de atravesar la tela y sumergirme en esa biblioteca que huele a madera pulida y a papel antíguo y que es acogedora como unos brazos. Me gustaría pasar levemente los dedos por los lomos de los libros, oler la piel de la encuadernación, leer los títulos, sus autores, pasear por los pasillos estrechos, entre anaqueles atiborrados de textos de todo tipo. Imagino que al andar tiene que crujir levemente el entarimado, apenas una queja y la luz debe entrar desde arriba, tamizada por infinidad de motitas de polvo que flotan en el ambiente.

Tu biblioteca, querido Antonio, es realmente hermosa.

Um beijo

Irene

Pena disse...

Indescritível amigo de talento:
Sabe, concebo humildemente a Arte, a verdadeira e autêntica Arte, o que sente, o que vê, o que concebe com carinho e dedicação.
Acho-o, com sinceridade, um FENÓMENO! Uma pessoa enorme, gigantesca de talento e que delícia ver os seus desenhos, pinturas, combinação de cores e escrita, admiráveis e muito belas.
Não! Não é qualquer um. É um prodígio, um Ser, incontestadamente, BRIHANTE E MAGNÍFICO, EM QUALQUER PARTE DO MUNDO, acredite?
Não o conheço, mas é como se o conhecesse há muito.
Desculpe se é importante nas Artes em Portugal. Se não o é, é como se fosse. Uso estes termos em relação a si porque os sinto inteiramente merecidos.
Sabe, sensibilizou-me particularmente, as bibliotecas e toda a sua "dinâmica" anterior que descreve e que se refere a tempos passados.
Vivi o que descreve.
Não há silêncio, não há regras, não há respeito nem sossego.
Como são e estão diferentes!
Não as considero bibliotecas.
Adoro o sossego, A TRANQUILIDADE, a concentração e o respeito.
Adorei passar aqui.
Desculpe se disse alguma incongruência ou insensatez. Desculpe.
Desculpe também invadir o seu lindo espaço. Desculpe!

Abraço Forte de amizade.
Com estima e profundo respeito

pena

vittorio disse...

Bela pintura, a forma com descreves a sua execução um estar presente na confecção da obra.
O texto então, remete a uma época em que a realidade e a ficção andavam lado a lado.
Vi-me lendo na biblioteca as aventuras dos Cavaleiros da Tavola Redonda, O Principe Valente,O Corcunda de Notre Dame.
Pena que hoje já não vou lá visitar os velhos amigos.

A.Tapadinhas disse...

Miss: Não sei, não... O conceito de "natureza-morta" em pintura, é muito vasto... mas sushi, querida, estou a vê-lo mais como "natureza-para-comer"... :-)
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Irene: Está resolvido! Vou guardar os teus comentários para os utilizar (autorizas?) quando for necessário transmitir o ambiente que as minhas obras retratam. Consegues transportar-nos para o local, com o colorido que dás nas sensações que descreves...
Beijo sensibilizado, gaditana guapa!
António

A.Tapadinhas disse...

Amigo Pena: Tão curto e, ao mesmo tempo, tão longo o espaço que mediou entre o seu último contacto e este. Questões que o Eintein explicou na sua teoria da relatividade! Sei que teve (se calhar tem, mas o seu sentido de dever obriga-o a comunicar com os amigos!) um ligeiro problema de saúde. Correndo o risco de parecer egoísta, congratulo-me por ter regressado ao nosso convívio, pois só assim é possível sentir o calor humano que a sua insuperável eloquência transmite. Se alguma vez tiver dúvidas sobre a utilidade do meu trabalho, virei tirar a força necessária para o continuar, nos seus escritos.
Abraço, reconhecido.
António

A.Tapadinhas disse...

Vittorio: Não sabendo nada de si em termos pessoais, e não querendo brincar a um qualquer Sherlock Holmes, pelos teus comentários, deves ser um "rapaz" próximo da minha idade e, tal como eu, leitor assíduo do "Cavaleiro Andante", nostálgico do tempo em que a aventura morava connosco.
Abraço.
António

vittorio disse...

Alem de os ler, tinhamos a alma de cavaleiro.
O pior ou melhor depende pelo ângulo da análise, continuamos a nutrir os valores dos tempos idos.
Outro dia mesmo, revendo El Cid, encontrei os valores hoje perdidos. Numa das passagens mais marcantes, o morrer pelo seu objetivo o de "formar uma nação". Em outra passagem temos os mesmos valores reforçados pelo comportamento de sua amada ao permitir que seu destino seja cumprido.

Minha safra é de 50, vinho dos alpes, Sul Tirol- Bolzano Italia.
Acabei maturando nos trópicos, nesta terra brasileira, descoberta por Cabral.

A tua alma nos remete a um mundo repleto de aventuras, em cada parágrafo nos leva a uma viagem viva no tempo.

Cavaleiro das imagens e das palavras.

tino cassi disse...

ámbar calido
en el espacio sacro
del silencio y los relatos

con tu sello personal

abrazo,querido amigo
:)

ana disse...

Ah las bibliotecas! ya no son lo que eran Antonio,
antes llenas de dedicados lectores soñando aventuras, recitando poemas,
oliendo hojas que llevan en su seno el olor a años de espera,
ah! los bibliotecarios,
y los ratones devoradores de cultura.
Beso Antonio,
ana.

Muriel disse...

Cuando jovencita (15-16 años), las amigas me preguntaban con asombro que cómo es que me gustaba ir a la biblioteca. Yo me asombraba aun más con la pregunta, y me decía a mi misma ¿cómo puede no gustarles la biblioteca? No era sólo lo que en los libros encontraba, era con quien allí coincidía, el señor de la pipa apagada, el elegía el sillón para leer, en vez de la mesa, el que siempre se sentaba solo...y yo, que más que leer miraba e imaginaba quien había tras cada uno de ellos.
Me gustan tus pinturas, Antonio.
Beso de madrugada.

A.Tapadinhas disse...

Vittorio: Os enólogos consideram os anos 50, como anos excepcionais para o vinho Traminer del Valle Isarco que naturalmente com essa maturação tropical, ainda ficarão melhores...
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Tino:
Confortável é o silêncio
A luz cálida do sol
As palavras dos amigos.

Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Ana, a grande questão com as bibliotecas tem a ver com a sociedade da informação: temos tudo tão rápido, tão fácil de alcançar (à distância de um clic), nas nossas casas... Há espaço para sonharmos, para criarmos as nossas próprias aventuras?
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Muriel: A mim também me espanta que os jovens não gostem das bibliotecas: têm livros, revistas, internet, música, companheiros/as com quem podem falar ou cantar, acariciar-se ou beijar-se, se assim o entenderem, não têm pais a condicioná-los, nem professores ou polícias... Afinal, o que é que lhes falta?
Beijo madrugador.
António

Anne M. Moor disse...

Há simmmmmmmmmmmmmm António! Tempo pra sonhar, tempo pra confabular com as personagens dos livros, tempo de delirar com a oportunidade de vida que o ler nos traz. Há que descobrir isso e nós, professores e vinhos maduros (hahaha) temos que abrir essas portas para os mais jovens que lhe foi escondido pela sociedade da informação, como se informação fosse conhecimento!!! MUITO pelo contrário! Informação é muito bom, mas tem de ser transformado em conhecimento por cada pessoa a sua maneira, calcado em seu conhecimento prévio, sua experiência e seu contexto...
Beijos matinais e empolgados :-)
Anne

Pena disse...

Estimado Amigo:
Venho agradecer-lhe com respeito as palavras lindas expressas no meu espaço de escrita.
Olhe, talvez, não o mereça. Pura amabilidade e concepção pessoal que lhe fico reconhecido.
Não o quero incomodar mais, por isso, apenas lhe desejo um bem-estar imenso, harmonia e sossego, neste Sábado que faz parte do calendário do quotidiano.
Sempre presente com encanto neste espaço que é seu e é brilhante.

Abraço amigo de estima

pena

Só um pormenor: Não tenho presentemente nenhum ligeiro problema de saúde, felizmente. Só que sou assim. DESCULPE!

A.Tapadinhas disse...

Pena: Mais uma vez, obrigado pelas suas amáveis palavras. Estimo saber que não tem a ligeira gripe que eu, erradamente, lhe diagnostiquei. Devo ter lido sobre a gripe noutro comentário. Felizmente, embora contagiosa, os vírus que apanhamos no computador, são de outro género. Queira desculpar o meu involuntário erro.
Abraço, sem vírus.
António

jorge disse...

este escrito me ha costado leerlo, para entender cada matiz, pero merecia la pena el esfuerzo.
Tus cuadros me llaman, tus escritos cierran el circulo.
Me preguntaron que es lo que me habia gustado mas de Nueva York, conteste; la biblioteca, cada dia iba 45 minutos a vivir su ambiente, ese que tan bien sabes dibujar en tu relato.
Y los autores que nombras, fundamentales...muchos para descubrir en la adolescencia y engancharte a esa costunbre irrenunciable; leer
Abrazo

Anónimo disse...

Atrevo-me a dizer-lhe que gosto da maneira como expressa sentimentos e vivências. Fá-lo de uma forma muito viva, muito sentida, com grande harmonia, instropecção ...
Mesmo que isto não lhe interesse nada tinha de o dizer. Desculpe.
Parabéns.

Paulo disse...

Gostei de passar por aqui. Longe de ter metade de 60 anos..., olhei cada post com olhos "maduros"e, confesso, por momentos..."ceguinhos de choro".
Abraço
Paulo

Adriana disse...

SEu esboço mereçe destaque!suas colocações sobre a biblioteca transmitem a forma pura de se imaginar...muito bom!!

RosaMaría disse...

Que maravilla de escrito y qué más maravilla de pinturas, los colores que empleas son perfectos. Un abrazo

A.Tapadinhas disse...

Jorge: Tu és cheio de surpresas! Nunca estive em Nova York, mas não me passaria pela cabeça passar tanto tempo numa biblioteca. Mas compreendo que alguém o faça... Como gostaria que compreendessem o tempo que eu iria passar no remodelado e actulizado Museu de Arte Moderna de Nova York, MOMA. :)
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Philos: Claro que me interessa! Vindo de si ainda tem mais importância, porque já conheço os seus pensamentos em comentários noutros blogues.
Obrigado.
António

A.Tapadinhas disse...

Paulo Sempre: O comentário é dum jovem, talvez também na idade, mas com um espírito maduro, como o de um bom vinho.
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Adriana: Dois ou três comentários como o seu, guindaram o meu esboço
ao estrelato. Muito obrigado.
António

A.Tapadinhas disse...

Rosamaria: Maravilha são os teus calorosos comentários, que eu aceito com reconhecimento.
Um abraço.
António