segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

SÉRIE ESTRELAS



Nascimento de uma Estrela Óleo sobre Tela 110x80cm

Já disse que qualquer tema é bom para a inspiração de um pintor.
Este pensamento vem a propósito desta obra que foi inspirada por um livro que comprei, sabendo que o assunto não é dos meus preferidos: A Grande Enciclopédia dos Minerais, 518 páginas, 451 fotografias a cores, da Editorial Inquérito.
Gostei da capa e ao folhear o livro fiquei encantado com a qualidade excepcional das fotografias dos minerais, com cores e texturas fascinantes.
A obra que apresento foi criada a partir de uma das fotografias.
Algumas das questões sobre a formação das estrelas foram resolvidas com o telescópio espacial Hubble, trazendo até nós um universo até então desconhecido. Sabemos, agora, que as estrelas nascem devido à contracção das nuvens de gás e poeira que existem nas galáxias.
Não sei se este mineral faz parte da poeira de que são feitas as estrelas.
Como criador e pintor, arrogo-me o direito de dizer que sim!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DESCALÇOS NO PARQUE




Águas-furtadas Óleo sobre Tela 120x120cm

As nossas águas-furtadas ou trapeiras, como também são chamadas, sempre me fascinaram. Para ser mais preciso, era a palavra francesa que me atraía, mansardes, assim chamadas por terem sido inventadas pelo arquitecto francês, François Mansart. Na minha imaginação, as mansardas francesas estavam povoadas de escritores e pintores, desconhecidos, procurando o seu reconhecimento artístico.
Recordo-me de um filme que também contribuiu para essa minha fixação: Descalços no Parque (Barefoot in the Park) de Neil Simon, 1967, com Robert Redford e Jane Fonda, que fazem, como seria de esperar, um par maravilhoso, nesta comédia.
Vi o filme no Tivoli com a minha mulher e, tal como eles, estava em lua-de-mel. Para tudo ser igual, quando saí da sala de cinema, descalcei os sapatos, tirei as meias e andei descalço no parque que havia em frente do cinema.
Esta obra foi logo adquirida no primeiro dia da sua exposição. Sei que a fotografia não lhe faz justiça, mas não tenho outra. As partes iluminadas têm uma textura que não se nota, principalmente nas paredes brancas, que perdem muito da sua expressividade.
Quem não perdeu expressividade e beleza foram os protagonistas deste filme…

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

AS CIDADES DAS EMOÇÕES


Ribeira - Porto Óleo sobre Tela 90x100cm

Quando mostrei a série de obras que executei depois da minha visita à cidade do Porto, deixei esta por ser bastante diferente das então apresentadas. As diferenças principais baseiam-se na maior suavidade e o quase monocromatismo da interpretação em tons pastel, pontuados pelas cores mais vibrantes dos telhados, em oposição aos contrastes violentos e às texturas das outras obras.
Algo semelhante se passou com a série de trabalhos sobre Lisboa, como por exemplo na entrada de 30 de Outubro, com a obra “Chegada a Lisboa”, que mostra a cidade numa perspectiva tirada de um barco, com as cores rosadas características da Capital.
Pareceu-me uma obra tranquila e poética, inspiradora para o começo do Novo Ano…