terça-feira, 11 de novembro de 2008

COZINHA ALENTEJANA


Cozinha Tradicional Óleo sobre Tela 60x70 cm

Quando era criança, passei algumas férias do Natal e as chamadas férias grandes, numa aldeia do alto Alentejo, chamada Torre das Vargens, de que era natural meu pai. Passava uns dias alucinantes na casa da minha avó, numa região em que predominavam os montados de sobro, pertencentes à Casa do Marquês de Fronteira, com imponentes touros bravos que só não incomodavam as cegonhas, senhoras dos céus.
Na minha viagem à Grécia, fiz um cruzeiro maravilhoso às suas ilhas: Mykonos, Rodes, Patmos… Ao entrar nas casas dos seus simpáticos habitantes, ao ver os utensílios que usavam para cozinhar, lembrei-me da minha infância: parecia estar a entrar na velha cozinha da minha avó.
Com os mesmos utensílios, com ingredientes semelhantes, incluindo o azeite de oliveira (há outro?), não admira que a comida alentejana seja tão marcadamente mediterrânica. Faz-se com uma boa dose de simplicidade, temperada com as ervas que perfumam o campo, combinadas com imaginação, quanto baste: o suficiente para nos sentirmos felizes.
Bom apetite!

30 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Sua cozinha alentejana é magnifíca. Gostava de ir para lá de novo (ao Alentejo).
Amigo:
Ontem foi a minha audiência do processo que movi contra o meu editor que me deve muito dinheiro, mas caí em contradição, estou péssima. Dormi até a 1 e meia de amanhã, levantei-me e tomei uma dose considerável de barbitúricos para dormir. Como não consegui, fiz um post. Gostaria que fosse apreciá-lo. É uma maneira de ter os amigos perto de mim.
Um beijo,
Renata

Estudo Geral disse...

Será que a sessão de poesia no Pinhal Novo tem desse azeite que nos deixa felizes. Perdi o mapa. Se te der jeito, envia outro.

Luis Santos

A.Tapadinhas disse...

Renata: O Alentejo e os alentejanos têm a grandeza das coisas simples.

António

A.Tapadinhas disse...

LC: O azeite, a verdade e a poesia vêm sempre acima...
Neste endereço tens o mapa e o GPS!
http://osolmoiopai-informa.blogspot.com/
Abraço.
António

Anne M. Moor disse...

Que história gostosa... Lembranças de vó e de cozinha de vó são uma delícia... E a tua tela um delírio...
Beijos

elsa disse...

Olá Pai!
Não me lembrava nada deste quadro....Um estilo bem diferente do teu mas não deixa de ser lindo!!!! Adoro!Adoro!Adoro! Como tudo o que fazes!
Em relação à exposicão que vai começar só te posso dizer:
Atra gulia un ilian tauthr ono un atra ono waíse skoliro fra rauthr!
Ah!Ah! E agora? Vais ter que descobrir mas só eu tenho a chave....
Beijinhos,
Elsa

A.Tapadinhas disse...

Anne: As recordações dos nossos avós são muito estimulantes, principalmente para aqueles que, já avós, sabem e sentem o que esse sentimento representa.
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Olá,filhota!
Isso não se faz! Não está publicado nenhum dicionário da Língua Antiga, o meu Elfo foi de férias e por isso não me pode fazer a tradução. Mas neste fim-de-semana vou a Carvahall e logo saberei o que me queres dizer.
Até lá, um graaaaaaaaande beijo: assim dá para dividir por dois!

elsa disse...

Pai,
Pede a Saphira ao Eragon ( que são grandes amigos do Rafael :))e coloca-te a caminho!O Roran e a Katrina arranjaram um novo amigo para brincar com o Rafael :). Como vês, há grandes novidades que ainda desconheces...
Atra du evarínya ono varda!
Hi!Hi!Hi!
Beijocas

A.Tapadinhas disse...

Filhota
Espero que tenhas recomendado a Saphira para não fazer acelerações bruscas, ou curvas muito apertadas, quando levar o Rafael e o filho (a?) de Katrina e Roran a passear.
Beijo.
PS. Não se esqueçam de apertar o cinto!

Jorge Lemos disse...

A grandeza está na simplicidade: "é uma casa portuguesa com certeza..."
Reescrevendo a historia.
Jorge Lemos

Suzana disse...

Os vários tons que o azeite nos permite admirar.
Só você mesmo!

bjs azeitados

€_r_i_K disse...

Recuerdos estampados en imagenes...
Imagenes para el recuerdo.....

Gran Plasmador.......Salu2ssss

jorge disse...

Es alucinante viajar miles de kilometros y encontrarte en un pais lejano las mismas cosas, los mismos utensilios, la misma comida.

No, no hay otro.

El alentejo, una region por descubrir para mi.

A.Tapadinhas disse...

Jorge Lemos: Essa frase lapidar - a grandeza está na simplicidade - tem tudo a ver com a saga dos alentejanos, na sua luta pela sobrevivência...
Um abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Suzana: A beleza pode-se encontrar nos locais mais inesperados...
Beijo de coentrada.
:-D
António

A.Tapadinhas disse...

€rik: As melhores máquinas de fotografar ou gravar, são os nossos olhos e o nosso cérebro, desde que temperadas com o coração, não achas?
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Jorge: Reconheço que é difícil, para um estrangeiro, visitar o Alentejo. Mesmo para os portugueses, até há pouco tempo, era uma chatice dum território que se interpunha entre a origem e o destino, um mero ponto de passagem para o Algarve. Actualmente, as coisas mudaram e o Alentejo, recentemente descoberto, é um valor acrescentado para a nossa cultura e a nossa razão de ser como povo.
Abraço.
António

São disse...

Amo o Alentejo de paixão inesgotável e profunda.
A Grécia ? Infelizmente, não fui lá, porque me divorciei antes!!
Bom fim de semana.

Sibyla disse...

Holan querido amigo!

Las islas griegas, qué maravilla. Y el aceite de oliva es un lujo que podemos disfrutar los que practicamos la dieta mediterránea.

Besllos cuadros como siempre, de dónde sacas o consigues esos azules tan intensos, como el cuadro del post anterior?...

Besos:)

Ernesto Dias Jr. disse...

Tendo ancestrais tramontinos vi de minha tia paterna uma cozinha diferente. Um pouco mais rebuscada, pois não?

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Delícia!

A.Tapadinhas disse...

São: Tive um fim-de-semana muito bom conforme desejou; não foi no Alentejo mas em compensação estive com o meu neto... O Alentejo é para amar assim com paixão...
António

A.Tapadinhas disse...

Sibyla: Uma cor varia conforme a sua vizinha. É como o meu azul: aos olhos dos meus amigos fica mais belo...
Beijo.
António

A.Tapadinhas disse...

Ernesto: Entre a construção de Trás-os-Montes e do Alentejo há poucas semelhanças, como convém dadas as temperaturas mais elevadas do Alentejo e os materiais de construção utilizados nestas regiões.
Abraço.
António

A.Tapadinhas disse...

Martha: Sirva-se à vontade, amiga!
:)
António

Isabel disse...

Se siente uno bien en esas cocinas cuando se enciende el fuego. Se vuelve atrás en el tiempo. Besos, amigo.
http://senderosintrincados.blogspot.com

A.Tapadinhas disse...

Isabel: Nesta região a lenha que se usa é de azinho: uma lenha que custa a pegar fogo mas que, em contrapartida, arde lentamente e fornece muito calor, com um cheiro característico muito agradável.
Beijo.
António

Madalena disse...

Em casa de meus avós havia uma cozinha semelhante com uma panela de tripé onde a água se eternizava fervente. Fez-me saudades. :)

Bjs

CNS disse...

Aconchegante...