quinta-feira, 30 de outubro de 2008

TEJO CINTILANTE


Chegada a Lisboa Acrílico sobre Tela 54x65cm

Barreiro – Terreiro do Paço
Esta é uma das telas da exposição.
A imagem foi captada de barco, quando se faz a travessia de Barreiro para Lisboa, Terreiro do Paço.
Por causa da Sé, o edifício que domina a parte centro-esquerda (não é partido politico:) do quadro, todo o conjunto ficou com aquela tonalidade rosa suave que se pode encontrar em algumas gravuras antigas das cidades.
Confesso que gosto muito desta obra. Quem a vê, também gosta. Mas continua a ser uma das poucas que continua sem comprador... A razão não é o preço.
Terei de modificá-la? Dar mais textura à tela? Fortalecer as cores?
Eu, por mim, não a mudava... e não me importo de tê-la na minha casa!
O que acham?

domingo, 26 de outubro de 2008

PÁSSAROS DE FOGO


Flamingos no Rosário Acrílico sobre Tela 25x56cm

Este quadro é o número um da exposição “Tejo Cintilante”. Não houve nenhum motivo especial: simplesmente, aconteceu. No entanto, a minha filha Elsa que não esteve presente, quando me telefonou a desejar aquilo que uma filha querida deseja para o seu pai, pediu-me para lhe enviar uma fotografia da última obra que tinha feito para a mostra, porque alguém lhe tinha dito que era espectacularmente bela. Aconteceu também que esta foi adquirida, logo na abertura da exposição. Todos, sem excepção, achavam algo de especial nela. Chegaram ao ponto de dizer que seria um documento histórico, porque daqui a alguns anos, com a pressão urbana, os locais em que vivem os flamingos terão desaparecido, e o quadro seria um dos testemunhos vivos da sua presença na zona dos esteiros e sapais da Moita.
Depois de pensar um pouco sobre o assunto, quero confessar que, desta vez, foram os meus amigos que me ensinaram a ver a obra que eu tinha criado: manter o espírito aberto para aprender, é um sinal de humildade que eu gostaria de manter...
Sobre a execução da obra, foram os flamingos, pássaros-de-fogo, que me deram a inspiração para cobrir todo a tela com o meu mais profundo e afogueado laranja. Todas as outras cores nunca chegam a esconder a chama que está por baixo delas: vibra por entre as núvens, espreita nas águas do Tejo, fornece luz às casas e dá o tom róseo aos flamingos!
Aguardo, com interesse, a vossa opinião!
(clic sobre a imagem para a ver com maior dimensão)
Outro assunto.
Deixei cair no chão a minha máquina digital. Como resultado, todas as fotografias que tirei ou tiraram na exposição estão em local incerto (com a “Amelinha”, e sua protecção nada acontecia, não era, Ernesto?). Tirei algumas, com o meu telemóvel, mas não as vou publicar até ter a certeza que as outras estão perdidas, ou aproveitar alguma dos repórteres dos jornais.
Espero que não se importem com a troca: quero que as vedetas sejam as minhas obras!

E pronto! Ontem tive um dia cheio de emoções, em que revi amigos e conheci pessoas interessantes. Finalizei o dia, em minha casa, com familiares e amigos...
Conhecem melhor maneira de passar um dia especial?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

EXPOSIÇÃO "TEJO CINTILANTE"





(verso do convite)
António Tapadinhas, artista multifacetado, nascido no Pinhal Novo, em 1942, já foi distinguido com diversos galardões, em áreas tão diferentes como Pintura, Desenho, Artes Gráficas, Literatura, Xadrez, Bilhar…
Em Setembro deste ano, foi-lhe conferido o Título e Diploma de Académico Correspondente da Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências, AMLAC, de São Paulo, Brasil.

António Tapadinhas, tem o prazer de convidar V.ª Ex.ª para a inauguração da Exposição de Pintura "TEJO CINTILANTE", que se realiza no dia 25 de Outubro de 2008, pelas 10.00 horas, na Sala de Exposições da Galeria Municipal do Posto de Turismo da Moita.

Vou estar presente durante todo o dia para receber os amigos que me derem a honra da sua visita.
Até lá!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008


Camarros Óleo sobre tela 100x100cm

Até ao século xv, Barreiro esteve integrado num concelho chamado Riba Tejo que abrangia a região entre Alcochete e a Ribeira de Coina. Foi em 1512 que D. Manuel I outorgou a Carta de Foral ao local que era uma povoação ligada à pesca, à salicultura, à moagem, à olaria, mas que esteve na génese da Expansão Marítima graças à construção naval e às fábricas de biscoitos para os marinheiros das naus. Foi elevada a cidade em 1984, mas os habitantes do Barreiro, barreirenses, continuam a sentir-se honrados com o seu primeiro nome, atribuído aos pescadores que utilizavam as terras barrentas para acolhimento e descanso: cama sobre o barro ou Camarro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

AVIEIROS


Bateiras de Avieiros Acrílico sobre tela 50x50cm
(Tela que será apresentada na Exposição "Tejo Cintilante", a partir de 27 de Outubro, na Galeria de Arte, do Posto de Turismo da Moita).

Avieiros são os pescadores oriundos da região centro do país, principalmente de Vieira de Leiria, que procuraram o seu sustento no Vale do Tejo e no Estuário do Sado. O movimento migratório foi tão forte que ficaram conhecidos como os ciganos do rio. Inicialmente rejeitados pelos habitantes locais, viram-se obrigados a viver nos seus barcos, o que justificou assim a frase que considerava a sua embarcação como o berço, a câmara nupcial e a tumba.
As características mais evidentes da bateira do avieiro, são os dois bicos com a proa e a popa igualmente arredondadas para romper as ondas com facilidade e, também, as suas cores berrantes.
Com o decorrer do tempo, fixaram-se nestas zonas, onde construíram pequenas casas de madeira, que foram pintadas com as mesmas cores dos seus barcos. As casas destas aldeias foram edificadas sobre vigas para evitar as cheias do Tejo. A aldeia de Palhota é das poucas que mantém a originalidade da sua construção palafita e que alguns bem-intencionados procuram preservar, como um traço de união com o passado.
Mais uma vez, é a tentativa de sobrevivência de um tipo de vida em vias de extinção.

domingo, 5 de outubro de 2008

FRACTURA





Fractura Acrílico sobre tela 3x70x60cm

Este tríptico foi criado para uma sala de estar de dimensões generosas,
que tinha os seguintes elementos:
Um sofá Stark de tecido cinzento, com os pés em aço tubular, um cadeirão “Alessandra”, preto e branco, do designer Javier Mariscal, uma mesa e cadeiras de cor creme com tampo de vidro. A porta, que dava para uma ampla varanda, tinha uns cortinados de veludo vermelho.
Sabia que o jovem casal gostava de mudar a disposição dos móveis da sala. Como podem ver, cada um dos elementos (traços e cor) do tríptico tem a sua continuação, no elemento seguinte qualquer que seja a ordem por que sejam colocados. Podem inclusivamente ser separados, que cada um deles mantém a sua força. A assinatura na horizontal, com a data no sentido vertical, permite também, inverter a sua posição sem escandalizar quem apreciar a obra...
Ou o seu autor!