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Escola Alfredo da Silva Óleo sobre tela 84x92cm
Na minha viagem para a pequena praia fronteira à "Casa Fantasma", depois de passar em frente da Escola Alfredo da Silva, tem de se circular por um estreito carreiro de areia solta, com pequenas dunas de ambos os lados, pontilhadas aqui e ali por tufos de eruca e cardos, as plantas que permitem a outras, como o gravieiro ou feno-das-areias, com sistemas radiculares mais eficientes, segurarem a terra para colonização de outras espécies.
Nestes carreiros encontram-se frequentemente sinais das actividades que marcaram a vida das populações ribeirinhas desta margem do Tejo: instrumentos de trabalho, pequenos cais, moinhos de maré, marinhas de sal, embarcações a necessitar de reparação…
Esse caminho, com a sua beleza selvagem, serviu-me de inspiração para esta obra. Ainda lá está, mas o tecido urbano continua a aproximar-se…
Inexoravelmente?