quinta-feira, 7 de abril de 2011

A CIDADE DAS LUZES


Luzes na Cidade Autor António Tapadinhas
Óleo sobre Tela 95x110cm

Nesta minha cidade as sombras nunca são muito escuras. A luz chega sempre às ruelas mais recônditas. Os salpicos de luz (yellow deep) que eu tive o cuidado de espalhar por toda a superfície da tela com uma escova de dentes, afastam as sombras mais negras que poderiam ocultar a luz que todos precisamos, nestes tempos complicados que vivemos.
Não estou com disposição para escrever mais sobre este meu trabalho. Não sei de quê ou de quem é a culpa! Nem sequer me posso queixar do tempo: está um sol radioso e uma temperatura cálida… Os campos estão cheios de flores! Até já chegaram as andorinhas! Será de uma droga alucinógena chamada FMI?
Digo com Pessoa:
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

20 comentários:

folha seca disse...

Caro A.Tapadinhas
Consigo ver no seu quadro uma multidão enorme a comemorar o 25 de Abril. Que assim seja...
Abraço

Unknown disse...

A primeira imagem que me saiu do olhar foi um imenso campo colorido de flores vermelhas e papoilas carregadas de sonho

Flor de Jasmim disse...

A. Tapinhas
É aqui que encontro atravez de mais uma obra de arte sua alguma cor que me alivia deste negro que me rodeia. Boa disposição está ausente, apenas mantenho ainda algum sonho.
Abraço

Pena disse...

Sublime e Amigo Precioso António:
Um óleo sob tela de fascínio e brilhante, como sempre nos habituou.
Creio que faz bem dizer com sensatez e sobriedade:
"...uma droga alucinógena chamada FMI?..."
Também não me apetece dizer ou acrescentar mais nada dada a sua mestria e mágica atitude de silêncio precioso.
Parabéns pela obra de maravilhar.
Falo com sinceridade.
Abraço forte de uma amizade profunda.
Com respeito pela genialidade e talento que o "habitam".
Sempre, mas sempre, a admirá-lo

pena

Honra-me, a sua amizade.
Bem-Haja, notável amigo enorme de confeccionar o deslumbre.
Adorei.
Parabéns.

Franco disse...

Oi!
Com sua permissão.
Gostei de teus trabalhos,especiamente
FavelasIV,muito bom,gostei de outros também.
Vou tornar-me seguidora.

Meus cumprimentos.

Anónimo disse...

Amigo António!

Se conseguiste iluminar a tua cidade magistralmente com uma simples escova de dentes, porque não haveremos ser capazes de sorrir?
A chorar nada resolveremos!!!
Que o país precisa de novas cores, não tenho dúvidas.
Qual é a palete que se segue? Acho que todos conseguimos adivinhar.
O povo, mesmo que mais acinzentado, usará as mesmas cores de sempre; vermelho, verde, e azul...

Beijinho

jorge disse...

Una de las vistas mas alucinantes de estos últimos tiempo fue la llegada nocturna -en un vuelo- a Barcelona.

Desde arriba todo eran luces. Se podía divisar claramente el entramado de la ciudad.

Así veo tu pintura de hoy.

Yo también trato de tener todos los sueños del mundo.

...y cumplir los máximos posibles.

Anne M. Moor disse...

António

A luz ajuda a espantar as sombras que pairam no ar no mundo e, em especial, neste momento, em Portugal nénão? Será por isso que não estavas inspirado a escrever?

Adorei a tela!

bjs
Anne

Dóris disse...

António, um belo trabalho pintado, e também escrito.
Me encanta o colorido das tuas obras.

Abraço

FlorAlpina disse...

Um raio de luz que precisava!
É bom quando as sombras, mesmo sombras, não são escuras!

Também digo assim:
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Bjs dos Alpes (Hoje tb com um sol radioso!)

Valeria Soares disse...

Tudo aqui é muito lindo! Amei.

Já estou seguindo.

OUTONO disse...

Fica-se com uma noção de IMENSO...
Parabéns!

Fê blue bird disse...

Meu amigo:
O sonho não tem definição, é um sentimento colorido e só nosso!
O pesadelo do FMI não ofusca a beleza do seu quadro ;)

Bjos

Natural.Origin disse...

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

( Pessoa único )

Sorriso:)

Fátima disse...

Então sonhe...
Sonhe colorido!
Se eu soubesse manusear a escova de dentes além de higienizar os meus.
Quem sabe, Deus,
eu me colocaria a pintar a vida.
Assim, colorida, como você.
Com carinho
e uma flor
Rosa de Fátima

Luna Sanchez disse...

O que me chama a atenção é mesmo o calor que parece brotar das telas e que seria sentido mesmo sem a descrição.

Um beijo, António.

Graça Pereira disse...

Querido Amigo

É uma tela FABULOSA! Tem côr, tem luz, tem VIDA! Quisesse eu que todas as nossas cidades "gritassem" como esta! Estamos a necessitar de esperança e de sonho!
Ás vezes, sinto-me como tu: penso que é apenas o bom tempo a tomar conta do nosso corpo...uma doce lassidão e deixámo-nos ir!!
Um beijo
Graça

Rogério G.V. Pereira disse...

Bem me parecia que me escapava... mas enfim cheguei. Quanto à questão da droga alucinógena, não ligue. Enquanto o seu amarelo andar pela cidade a esperança dá-nos alma e afasta as sombras...

tecas disse...

«Não estou com disposição para escrever mais sobre este meu trabalho. Não sei de quê ou de quem é a culpa! Nem sequer me posso queixar do tempo: está um sol radioso e uma temperatura cálida… Os campos estão cheios de flores! Até já chegaram as andorinhas! Será de uma droga alucinógena chamada FMI?»
Nem precisa, caro mestre de pintura A. Tapadinhas!
As cores da sua tela falam por si:)
Excelente. As cores de Abril,traído(:.
Chorei em Moçambique,quando se deu o 25 de Abril. Era o fim da guerra. Choro agora ao olhar o seu quadro. Para onde foi a nossa alegria?
Bfs para si.
Abraço poético

Ava disse...

Ah, meu querido António...

Não precisa que fiques a falar de sua obra, embora sua descrição seja perfeita, pois o que está sob nosso olhar fala por si só, tamanha a beleza a o esplendor das cores, e do yelloy deep...

E creio que nada é mais deliciosamente alucinógeno um sol radioso, uma temperatura cálida, campos floridos e um revoar de andorinhas...

Portanto, uma orverdose dessa droga não fará mal algum...rsrs


BB de pura saudade!