segunda-feira, 14 de março de 2011

UM AMIGO DESCONHECIDO


Cidade Sonhada Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 100x120cm

No políptico “A Cidade dos Sonhos”, que já apresentei no meu blogue, disse:
Esta obra, pouco ambiciosa no princípio, começou a ganhar forma na minha imaginação, à medida que a executava. Tinha planeado, nesta série, fazer uma cidade de sonho, com as dimensões de 100x120 cm. Para transmitir a sensação de misticismo, pensei executar a obra com uma paleta de cores dominada pelas cores pigmento terciárias. De entre estas cores, queria usar e abusar do violeta, combinando-o preferencialmente com carmim, azul ultramarino e verde-esmeralda. Como esta era uma gama de cores que eu pouco usava, cortei uma tela de 25x30cm e lancei mãos à obra.
Adorei a tela acabada. Sabia que seria irrepetível o resultado. Tive uma daquelas ideias brilhantes que, de vez em quando, nos assaltam: continuar, sem deitar fora o trabalho já feito, com mais três telas, que completassem a dimensão que tinha planeado para a obra final.
Assim fiz...
Passado algum tempo, recebi um mail de alguém que me pedia para fazer a obra com a dimensão planeada no início, com a garantia de aquisição. Considero que todos os que me compram uma obra são meus amigos, por isso tenho tantos, até então, desconhecidos. Conhecendo o risco que corria, por saber que o resultado é sempre diferente do planeado, lancei mãos à obra. O seu destinatário adorou o resultado…
E os meus amigos?

16 comentários:

Flavio Ferrari disse...

Magistral !

Fê blue bird disse...

Muita cor e muita luz na sua Cidade Sonhada, fez-me lembrar a minha cidade (Lisboa).
Adorei!
O seu amigo desconhecido é um privilegiado.

bjos

Ava disse...

Plagiando o Flávio...

Magistral!

Voce sempre sabe o tom certo para cada cor, cada detalhe, cada nuance que coloca na tela...

Querido, já expliquei o por que do comentário estranho no post anterior...rs


BB

Anne M. Moor disse...

Amei!

Anónimo disse...

As cores estão em harmonia,há muito Sentimentos nas tuas obras :)
Uma Cidade cheia de encantos.

Cada Cidade com o António,vale a pena A viagem ,pois contam histórias Maravilhosas!

Beijos

Luna Sanchez disse...

Achei...quente. Literalmente, inclusive.

Um beijo.

Flor de Jasmim disse...

A. Tapinhas
Esse seu jeito de descrever como faz e o que sente durante a realização de cada quadro dá-lhes uma beleza que consigo ver nele sem saber avaliar este tipo de arte, pena que estas suas cores não consigam subrepor-se ao cinzento que paira no ar "e que não é só chuva" Lembra?
Abraço

Rogério G.V. Pereira disse...

Meu caro
Como sabe, a obra deixa de ser nossa a partir do momento em que se partilha. Faço-lhe a desfeita de rebaptizar o quadro. Dou-lhe por novo nome: "Caminho para a Cidade dos Sonhos". Não é por devaneio, é pelo que eu leio. O quadro tem dinâmica, a luz e a cor (para mim) sugerem-me movimento. Num primeiro plano "A Cidade Hoje" povoam as sombras e os tons escuros. Num segundo plano, intermédio, "A Cidade em Mudança", as sombras dão lugar a silhuetas e insinua formas plenas de cor (aceito aqui em parte a sua discrição) e o equilíbrio da luz. Por fim o plano final em explosão de luz onde as formas, por indefinidas, nos deixa à nossa imaginação a criatividade de sonhar a sua "Cidade Sonhada"...

Gostei? Claro!

jorge disse...

Me encantan estos cuadros tuyos que sugieren.

Los colores que mezclas. Los de hoy no demasiado habituales en tu obra.

La colección "ciudades" me encanta.

Graça Pereira disse...

Esta é um cidade de sonho, para mim!
Quem adquiriu a tela pode ser um desconhecido...mas não um desconhecido na arte, na beleza, no domínio das cores!
FABULOSO e...parabens!
Beijo
Graça

As Tertulías disse...

Oooooppaaaa..... este me deu "um tapa", caí para trás sentado. Um Impacto lindo. De cores, de forca... até agressivo... Que maravilha. Concordo com Flávio: MAGISTRAL!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Também!

Ficou fenomenal.

Beijinho.


O sol aquece
e legitima a indiferença
pela ordem estabelecida,
a exuberância do gesto
no decote descaído,
na saia arregaçada até à cintura
no pé nu
descalço na areia.
Extracto de poema de Maria José Areal.

Bfs

OUTONO disse...

Gostaria de te fazer a mesma proposta...
Ficou ....já sabers o que penso...fabulosa...

Abraço!

Maria Ribeiro disse...

Eu ADOREI, ANTÓNIO!
Recorda-me a obra da VIEIRA DA SILVA, onde o amor e o ódio, o bem e o mal etc(em termos dicotómicos!)estão disseminados numa amálgama de cores , traços e riscos, que toca a nós ,apreciadores da arte, "ver" essas VERDADES!
Beijo
LUSIBERO

Fernanda Irene disse...

¡A mi me encanta!!

Besos

Dóris disse...

Divino, como todas as obras tuas.
Abração