Sem margens - Pintar a palavra, escrever a pintura.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
domingo, 21 de abril de 2019
Altar-mor da Ig. de S. Lourenço, Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre tela 100 x 100 cm
Ainda a pensar na viagem de Vasco da Gama, e nas imensas portas que ela abriu entre o ocidente e o oriente, por exemplo, onde Cristo e Buda se encontraram e fortemente se zangaram, mas que puderam, depois, ensinar a viver em paz... E, afinal, o que isso significa hoje para todas as gentes, todo o mundo?
Quinto domingo da quaresma, Domingo de Ramos, início da semana santa, com o altar da Igreja Matriz de Alhos Vedros iluminado, onde ainda se vislumbra pelo meio da penumbra, Mestre de Avis e seus filhos, Ínclita geração, rezando pelo bom sucesso da expedição a Ceuta, o primeiro marco da expansão ultramarina portuguesa.
Texto de Luís Santos.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Mãos que Oram, Durer, 1508
Mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra
Com mãos tudo se faz e se desfaz
Com mãos se faz o poema ─ e são de terra.
Com mãos se faz a guerra ─ e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedra estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
manuel alegre
o canto e as armas
manuel alegre
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
ACUSAM-ME DE MÁGOA E DESALENTO
Graffiti de Basquiat |
Acusam-me de Mágoa e Desalento
Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.
Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.
Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.
A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.
Carlos de Oliveira, in 'Mãe Pobre'
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.
Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.
Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.
A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.
Carlos de Oliveira, in 'Mãe Pobre'
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
sábado, 4 de abril de 2015
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
NASCIMENTO
Vieram da Estrelas Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 60x50cm
Depois de Rafael, o meu neto de quatro anos, nasceu ontem, 5 de Setembro de 2012, o meu neto, Miguel.
Este nome, que significa em hebraico “quem é igual a Deus” é um dos grandes príncipes do céu e protector dos justos.
Com Rafael, que significa em hebraico “Deus curou”, piedoso, artista, pronto a curar os males do mundo, e Miguel a dar protecção a quem mais dela precisa, ou seja, aos justos, estou mais confiante no mundo que vou deixar.
Sem falsas modéstias, eu acho que já fiz a minha parte!
sábado, 25 de agosto de 2012
LOCAIS DE VENDA DO LIVRO "SARGOS PARA O JANTAR"
A partir de hoje também nestas três livrarias:
1-Livraria Gil Pais
Rua Miguel Bombarda, n.º 113
2350-449 Torres Novas
2- Brincolivro-Artigos de Livraria e Papelaria Lda
Rua Alexandre Herculano 301
3510-038 Viseu
3-Nun’Álvares – Livraria e Papelaria
Rua 5 de Outubro, n.º 59
7300-133 Portalegre
Papelaria Rosa d`Ouro
Praça Sé 24
5300-265 Bragança
Dom Pepe
Horta da Porta
Rua de Chartres 7b
7000-930 Évora
Livros da Ria Formosa
R D. Vasco Gama Edifício Vasco Gama-lj L,
8600-722 Lagos
Livraria Caminho
Rua Pedro Santarém, n.º 41
2000-223 Santarém
Livraria Avenida
Rua António Sardinha 11 -r/c
7800-447 Beja
Livraria Universo
R. Concelho 13
2900-331 Setúbal
Capas Negras
R. Luís Queirós 12A Almada
2800-698 Setúbal
Papelaria e Livraria Guardaconta Lda
Rua Encontro 15
6300-704 Guarda
Livraria Solumen
Rua Teatro Edifício Choça-r/c-D
5100-139 Lamego
Brincolivro-Artigos de Livraria e Papelaria Lda
Rua Alexandre Herculano 301
3510-038 Viseu
Livraria e Papelaria Branco
Rua Doutor Roque Silveira 95/97
5000-630 Vila Real
Livraria Gomes
Rua Doutor Narciso Alves Cunha
4940-538 Paredes de Coura
Livraria e Papelaria Lipóvoa
Praça Engenheiro Armando Rodrigues 142r/c,
Póvoa de Lanhoso – Nossa Senhora do Amparo
4830-520 Póvoa de Lanhoso
Clube Literário
Rua Nova da Alfândega, 22
4050-430 Porto
Livraria Graça
R. Junqueira 46 Póvoa de Varzim,
4490-519 Porto
Papelaria/Livraria Meneses
Rua Da Sobreira, 2064,
Paços De Brandão,
4535-297 Aveiro
Livraria Papelaria 115
Praça 8 de Maio, 29
3000-300 Coimbra
Livraria Portugal
Dias & Andrade, LDA
Rua do Carmo, 70
1200-094 Lisboa
Fundação Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal
Sol Posto - Papelaria Livraria, Lda.
Rua Lezíria, 9
Santo André
7520-107 Sines
Bluemel, Lda.
Av. 25 Abril 8- lj C, Sines
7520-107 Setúbal
quinta-feira, 3 de maio de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS VIII
No salão estão os quadros de cores quentes, para ajudar a tornar a atmosfera mais calorosa. Curiosamente, estão duas obras de 2001, uma de 2002 e duas de 2010. Não parecem assim tão separadas no tempo, nem pelo estilo, nem pelas cores utilizadas. Nem sei, se será um bom ou mau sinal...
O sinal STOP que aparece na televisão não tem nenhum significado especial. Ou terá?
quarta-feira, 18 de abril de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS VII
VII SALA DE JANTAR
Na parede em frente da janela da sala de jantar está um dos primeiros quadros que realizei: Ferragudo, óleo sobre tela, de 1995.
Parece-me que nunca escrevi sobre esta peça. Tem uma história interessante, com mais dois episódios.
A primeira vez que apresentei este quadro, um comprador potencial, conhecido empresário e figura da sociedade, queria uma peça igual mas com o dobro do tamanho. Era uma das minhas primeiras exposições e, quase sem pensar, disse ao cavalheiro que faria um quadro com as mesmas cores, na dimensão que ele pretendia e com uma certeza: não seria igual. Concordou. Quando lhe entreguei a obra ele adorou e pagou sem pestanejar.
O outro episódio, tem a ver com a minha filha, mãe do meu neto Rafael, que está a viver em Portimão, num sítio em que vê Ferragudo como está neste quadro. Sem sombra de dúvida, uma razão incontornável para fazer mais uma tela com a vista panorâmica desta vila...
Conclusão: Durante um período da minha vida conhecia de cor, cada casa, cada janela, todos os telhados, melhor que os gatos ferragudenses...
Na parede em frente da janela da sala de jantar está um dos primeiros quadros que realizei: Ferragudo, óleo sobre tela, de 1995.
Parece-me que nunca escrevi sobre esta peça. Tem uma história interessante, com mais dois episódios.
A primeira vez que apresentei este quadro, um comprador potencial, conhecido empresário e figura da sociedade, queria uma peça igual mas com o dobro do tamanho. Era uma das minhas primeiras exposições e, quase sem pensar, disse ao cavalheiro que faria um quadro com as mesmas cores, na dimensão que ele pretendia e com uma certeza: não seria igual. Concordou. Quando lhe entreguei a obra ele adorou e pagou sem pestanejar.
O outro episódio, tem a ver com a minha filha, mãe do meu neto Rafael, que está a viver em Portimão, num sítio em que vê Ferragudo como está neste quadro. Sem sombra de dúvida, uma razão incontornável para fazer mais uma tela com a vista panorâmica desta vila...
Conclusão: Durante um período da minha vida conhecia de cor, cada casa, cada janela, todos os telhados, melhor que os gatos ferragudenses...
quinta-feira, 5 de abril de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS VI
VI SALA DE JANTAR
Nesta semana especial mostro a Sala de Jantar e o quadro que ocupa uma parede: Altar-mor da Igreja de S. Lourenço, acrílico sobre tela, com 100x100cm.
Na segunda fotografia pode ver-se o estilo inconfundível do fotógrafo que eu contratei para a ocasião...
Ele aparece para desejar a todos os amigos uma semana muito feliz!
E porque foi uma semana em que falámos de Agostinho da Silva:
"É a bondade um supremo entender."
...A ser bons nos entendemos!
Nesta semana especial mostro a Sala de Jantar e o quadro que ocupa uma parede: Altar-mor da Igreja de S. Lourenço, acrílico sobre tela, com 100x100cm.
Na segunda fotografia pode ver-se o estilo inconfundível do fotógrafo que eu contratei para a ocasião...
Ele aparece para desejar a todos os amigos uma semana muito feliz!
E porque foi uma semana em que falámos de Agostinho da Silva:
"É a bondade um supremo entender."
...A ser bons nos entendemos!
segunda-feira, 26 de março de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS V
V QUARTO DO RAFAEL
Saindo do escritório, ao lado do quadro da senhora está a porta para o quarto do Rafael, que é também, o quarto da minha filha Elsa. Na altura em que tirei as fotografias, tinha estes dois quadros geométricos,
que considero integrados numa corrente artística conhecida como neoplasticismo, fundada por Pieter Cornelis Mondriaan, Piet Mondrian, um importante pintor modernista holandês, nascido na cidade holandesa de Amersfoort em 7 de março de 1872 e que faleceu em Nova Iorque, no dia 1 de fevereiro de 1944. É a primeira vez que os mostro.
Ao lado está o espaço reservado para a cama do Rafael estão dois quadros: o seu retrato com meses (11.Set.2009) e o de uma foca-bebé (7.Dez. 2007), que foi salva da “morte” pela minha filha…
Este trabalho, de 1998, resultou do apelo de uma câmara Municipal, aos artistas do Concelho, para colaborarem numa daquelas campanhas contra o massacre, especialmente repugnante, das focas-bebé. Continua atual, porque em 2006 foram alcançados números impressionantes: 355.000 focas mortas!
Eu fui atingido pelo problema num daqueles telejornais especialmente realizados por Cronenberg para a hora de jantar, em que se mostrava homens a matar aquelas coisinhas fofas com um bastão de basebol! Sem comentários. Adiante...
Quando tinha o trabalho quase concluído a minha filhota Elsa passou no estúdio para ver o que eu estava a fazer. Adorou, claro (é filha), e então eu disse-lhe que faltava pôr o sangue que inundava aquela água... Olhou para mim incrédula! Quando compreendeu que eu estava a falar a sério tirou-me o desenho, que ficou sujo, não de sangue, mas de duas lágrimas que lhe correram pela face...
Saindo do escritório, ao lado do quadro da senhora está a porta para o quarto do Rafael, que é também, o quarto da minha filha Elsa. Na altura em que tirei as fotografias, tinha estes dois quadros geométricos,
que considero integrados numa corrente artística conhecida como neoplasticismo, fundada por Pieter Cornelis Mondriaan, Piet Mondrian, um importante pintor modernista holandês, nascido na cidade holandesa de Amersfoort em 7 de março de 1872 e que faleceu em Nova Iorque, no dia 1 de fevereiro de 1944. É a primeira vez que os mostro.
Ao lado está o espaço reservado para a cama do Rafael estão dois quadros: o seu retrato com meses (11.Set.2009) e o de uma foca-bebé (7.Dez. 2007), que foi salva da “morte” pela minha filha…
Este trabalho, de 1998, resultou do apelo de uma câmara Municipal, aos artistas do Concelho, para colaborarem numa daquelas campanhas contra o massacre, especialmente repugnante, das focas-bebé. Continua atual, porque em 2006 foram alcançados números impressionantes: 355.000 focas mortas!
Eu fui atingido pelo problema num daqueles telejornais especialmente realizados por Cronenberg para a hora de jantar, em que se mostrava homens a matar aquelas coisinhas fofas com um bastão de basebol! Sem comentários. Adiante...
Quando tinha o trabalho quase concluído a minha filhota Elsa passou no estúdio para ver o que eu estava a fazer. Adorou, claro (é filha), e então eu disse-lhe que faltava pôr o sangue que inundava aquela água... Olhou para mim incrédula! Quando compreendeu que eu estava a falar a sério tirou-me o desenho, que ficou sujo, não de sangue, mas de duas lágrimas que lhe correram pela face...
sábado, 17 de março de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS IV
IV ESCRITÓRIO
Na postagem anterior dá para ver a entrada para esta sala, o escritório, onde tenho o computador e uma secretária.
Na parede tenho agora os seis quadros que já foram objecto de postagens individuais, como por exemplo Favela 911 em 11 de Novembro de 2010:
Favela no Brasil, bairro de lata em Portugal ou musseque em Angola, são palavras que definem a área degradada de uma cidade, caracterizada por moradias precárias, com edificações inadequadas e materiais de construção inventados, muitas vezes estranguladas entre morros ou colinas.
No meu quadro é o azul que oprime as casas e as pessoas que se adivinham nos intervalos coloridos das vielas estreitas e é o amarelo que serve de manto diáfano para a dureza do quotidiano.
Esta é a primeira obra duma nova série a que chamo, Favela, porque das palavras que definem esta realidade, é a palavra mais colorida.
Na penumbra dourada que suaviza as cores cruas do passado presente, espero que encontrem a beleza verdadeira, aquela que provoca arrepios, como na canção de Caetano Veloso, Menino do Rio.
Tomem esta minha obra como um abraço!
Na postagem anterior dá para ver a entrada para esta sala, o escritório, onde tenho o computador e uma secretária.
Na parede tenho agora os seis quadros que já foram objecto de postagens individuais, como por exemplo Favela 911 em 11 de Novembro de 2010:
Favela no Brasil, bairro de lata em Portugal ou musseque em Angola, são palavras que definem a área degradada de uma cidade, caracterizada por moradias precárias, com edificações inadequadas e materiais de construção inventados, muitas vezes estranguladas entre morros ou colinas.
No meu quadro é o azul que oprime as casas e as pessoas que se adivinham nos intervalos coloridos das vielas estreitas e é o amarelo que serve de manto diáfano para a dureza do quotidiano.
Esta é a primeira obra duma nova série a que chamo, Favela, porque das palavras que definem esta realidade, é a palavra mais colorida.
Na penumbra dourada que suaviza as cores cruas do passado presente, espero que encontrem a beleza verdadeira, aquela que provoca arrepios, como na canção de Caetano Veloso, Menino do Rio.
Tomem esta minha obra como um abraço!
terça-feira, 6 de março de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS III
Hall
Ao lado direito do quadro "Floresta Maravilhosa" está uma porta que dá para o meu estúdio e, logo a seguir, outra que dá para o escritório onde tenho o computador e a secretária. Na parede seguinte, está a obra "Estás Cansada?" e logo a seguir a entrada para o quarto da minha filha e do meu neto, Rafael.
Duas idades
Era uma vez um domingo de Verão, há muito, muito tempo (Elsa fez 40 anos no passado Domingo), quando saí de casa para dar um passeio no campo, com a minha filha, Elsa. Levei comigo a máquina fotográfica para registar aqueles momentos de liberdade, já que os cheiros do ar, da terra e das flores silvestres, apenas se podem guardar na nossa memória.
Estás cansada?
Óleo sobre Tela 36x45cm
Seguíamos por um caminho estreito com a pequenita a apanhar todas as flores que podia para levar à mãe e à irmã. Eis senão quando, numa curva do caminho, vemos uma senhora de provecta idade sentada numa pedra. Cumprimentei-a e queria seguir quando me apercebi que Elsa, se tinha sentado ao lado dela, a olhar intrigada para a sua cara., e ouvi perguntar: “Estás cansada? O meu pai tem água para mim, mas se quiseres podes bebê-la!” A senhora sorriu e disse que lhe agradecia mas não precisava.
Quando nos despedimos, a senhora disse-me:
“O senhor é feliz porque tem uma filha muito bonita, mas também com muito bom coração... e quem nasce assim é para toda a vida!”
Ao lado direito do quadro "Floresta Maravilhosa" está uma porta que dá para o meu estúdio e, logo a seguir, outra que dá para o escritório onde tenho o computador e a secretária. Na parede seguinte, está a obra "Estás Cansada?" e logo a seguir a entrada para o quarto da minha filha e do meu neto, Rafael.
Duas idades
Era uma vez um domingo de Verão, há muito, muito tempo (Elsa fez 40 anos no passado Domingo), quando saí de casa para dar um passeio no campo, com a minha filha, Elsa. Levei comigo a máquina fotográfica para registar aqueles momentos de liberdade, já que os cheiros do ar, da terra e das flores silvestres, apenas se podem guardar na nossa memória.
Estás cansada?
Óleo sobre Tela 36x45cm
Seguíamos por um caminho estreito com a pequenita a apanhar todas as flores que podia para levar à mãe e à irmã. Eis senão quando, numa curva do caminho, vemos uma senhora de provecta idade sentada numa pedra. Cumprimentei-a e queria seguir quando me apercebi que Elsa, se tinha sentado ao lado dela, a olhar intrigada para a sua cara., e ouvi perguntar: “Estás cansada? O meu pai tem água para mim, mas se quiseres podes bebê-la!” A senhora sorriu e disse que lhe agradecia mas não precisava.
Quando nos despedimos, a senhora disse-me:
“O senhor é feliz porque tem uma filha muito bonita, mas também com muito bom coração... e quem nasce assim é para toda a vida!”
sábado, 25 de fevereiro de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS II
2 Hall
É considerado o cartão-de-visita de qualquer casa. A minha não foge à regra: o hall de entrada tem um jardim interior com luz natural directa. O jardim, nesta altura, não está famoso, mas ao fundo vê-se o meu quadro”Floresta Maravilhosa”, acrílico sobre tela 50x70 cm. Com ele e a sua floresta, já fico feliz!
Disse sobre a obra em 14 de Abril de 2009:
Floresta Maravilhosa
Não sabia se estava a acordar para o sonho ou para a vida. Aquela escuridão das últimas longas horas (dias?) estava a transformar-se, lentamente, numa vereda de floresta com os tons laranja de um fogo distante que destruía o escuro e deixava adivinhar o caminho da luz. Penosamente, começou a mover-se na sua direcção. Na cabeça (ou na floresta?) ressoavam vozes que o chamavam na direcção oposta, com propósitos que não queria considerar. À medida que tomava consciência de que a luz estava cada vez mais próxima, os seus passos ganhavam maior vigor e sentia, melhor, sabia que o fim das suas provações era uma realidade. Esta certeza deixava-o com um sorriso de felicidade que queria conservar para o resto da sua vida…
Esta obra foi executada numa manhã em que acordei depois de um sonho de que retive esta imagem. Os pormenores da floresta estavam de tal maneira gravados no meu espírito que o pincel e as tintas pareciam ter vida própria…
Este quadro é de 1996. No dia 10 de Junho de 2008, descobri onde existia esta floresta e percorri a vereda representada no meu quadro, para chegar a uma quinta, onde ia comprar um vinho especial. Já estiveram pela primeira vez num local em que ficam com a sensação de o já ter visitado? Já? A mim também me aconteceu, mas nunca como naquele dia!
Aquele local, situado nas faldas da Serra da Arrábida, tem uma beleza impressionante. A pequena queda de água, a ponte e a sua vegetação luxuriante continuam a esperar por mim…
Esta Quinta está cheia de referências ao Marquês de Pombal, à Ordem de Santiago, às navegações e ao culto do Espírito Santo. A sua Capela tem um cruzeiro que apareceu nas praias de Manguellas, hoje Ajuda, vindo não se sabe de onde, com tão ricos lavores que, diz a lenda, só pode ter sido executado por Anjos…
O Cruzeiro pode não ter sido feito por Anjos, mas o resto não sei, não…
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A MINHA CASA E OS QUADROS I
I Entrada
Resolvi fazer uma vista guiada com os meus amigos aos quadros que estão a dar vida às paredes da minha casa.
E vou começar pelo princípio: a entrada, como nos banquetes!
Ao passar a porta, à nossa direita, podemos ver o quadro “Muro dos Bacalhoeiros”, do qual disse em 4 de Maio de 2011:
Nesta minha vertigem pela Ribeira do Porto, uma das telas de que mais gosto e que por isso continua em minha casa, é esta que mostra o Muro dos Bacalhoeiros.
É uma obra em que utilizei cores fortes, com as suas complementares bem próximas, para salientar a força que emana daquelas pedras. Não satisfeito com o resultado obtido, procurei reforçar essa sensação com a mistura de areia na tinta, criando o aspecto rude e rústico das rochas, que falam connosco como as castiças gentes do Porto.
Nesta obra, as janelas das casas deixam de ser elementos “apenas” decorativos: estão humanizadas com a sugestão de roupas penduradas e vasos de flores que lembram as pessoas que as habitam.
Sei por experiência própria do mau gosto associado à escolha das molduras para as obras de arte. Não sei se por força da sugestão dos vendedores, que mais do que servir os clientes, querem vender as mais caras, ou por pressão do dono que quer valorizar uma obra que deve valer por si própria. Há casos em que a moldura fica mais cara do que a peça que contém.
Para este quadro fui eu que fiz a moldura: cortei e pintei a madeira com a mesma tinta que utilizei na tela. Utilizei o azul ultramarino (deep), misturado com um pouco de vermelho de cádmio, para o escurecer ao mesmo tempo que o torna menos frio.
É este Porto sentido que eu pretendi retratar. Para mim, sempre que passo por esta obra não resisto a dar-lhe uma nova mirada. E ela retribuiu como uma amante fiel: sempre lhe descubro novos encantos!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
LOCAIS DE VENDA DO LIVRO "SARGOS PARA O JANTAR"
A partir de hoje também nestas três livrarias:
1-Livraria Gil Pais
Rua Miguel Bombarda, n.º 113
2350-449 Torres Novas
2- Brincolivro-Artigos de Livraria e Papelaria Lda
Rua Alexandre Herculano 301
3510-038 Viseu
3-Nun’Álvares – Livraria e Papelaria
Rua 5 de Outubro, n.º 59
7300-133 Portalegre
Já estava à venda nas seguintes livrarias:
Papelaria Rosa d`Ouro
Praça Sé 24
5300-265 Bragança
Dom Pepe
Horta da Porta
Rua de Chartres 7b
7000-930 Évora
Livros da Ria Formosa
R D. Vasco Gama Edifício Vasco Gama-lj L,
8600-722 Lagos
Livraria Caminho
Rua Pedro Santarém, n.º 41
2000-223 Santarém
Livraria Avenida
Rua António Sardinha 11 -r/c
7800-447 Beja
Livraria Universo
R. Concelho 13
2900-331 Setúbal
Capas Negras
R. Luís Queirós 12A Almada
2800-698 Setúbal
Papelaria e Livraria Guardaconta Lda
Rua Encontro 15
6300-704 Guarda
Livraria Solumen
Rua Teatro Edifício Choça-r/c-D
5100-139 Lamego
Brincolivro-Artigos de Livraria e Papelaria Lda
Rua Alexandre Herculano 301
3510-038 Viseu
Livraria e Papelaria Branco
Rua Doutor Roque Silveira 95/97
5000-630 Vila Real
Livraria Gomes
Rua Doutor Narciso Alves Cunha
4940-538 Paredes de Coura
Livraria e Papelaria Lipóvoa
Praça Engenheiro Armando Rodrigues 142r/c,
Póvoa de Lanhoso – Nossa Senhora do Amparo
4830-520 Póvoa de Lanhoso
Clube Literário
Rua Nova da Alfândega, 22
4050-430 Porto
Livraria Graça
R. Junqueira 46 Póvoa de Varzim,
4490-519 Porto
Papelaria/Livraria Meneses
Rua Da Sobreira, 2064,
Paços De Brandão,
4535-297 Aveiro
Livraria Papelaria 115
Praça 8 de Maio, 29
3000-300 Coimbra
Livraria Portugal
Dias & Andrade, LDA
Rua do Carmo, 70
1200-094 Lisboa
Fundação Livraria Esperança
Rua dos Ferreiros, 119
9000-082 Funchal
Sol Posto - Papelaria Livraria, Lda.
Rua Lezíria, 9
Santo André
7520-107 Sines
Bluemel, Lda.
Av. 25 Abril 8- lj C, Sines
7520-107 Setúbal
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
APRESENTAÇÃO DO LIVRO "SARGOS PARA O JANTAR"
BIBLIOTECA DE ALCOCHETE, SÁBADO, 11 FEV, 16 HORAS
Ficam em exposição estas três obras:
Moinhos de Alburrica com Barco Verde Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela
(Tema da capa do Livro)
Quintas do Norte Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela
Cais de Alcochete António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela
Muitas e boas razões para assistir à apresentação de "Sargos para o Jantar".
Espero por vós!
Ficam em exposição estas três obras:
Moinhos de Alburrica com Barco Verde Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela
(Tema da capa do Livro)
Quintas do Norte Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela
Cais de Alcochete António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela
Muitas e boas razões para assistir à apresentação de "Sargos para o Jantar".
Espero por vós!
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
EXPOSIÇÃO E APRESENTAÇÃO DE SARGOS...
Foi uma festa bonita a inauguração da exposição de pintura e a apresentação do meu livro "Sargos para o Jantar"
deu para apreciar a beleza
e para conversar.
deu para apreciar a beleza
e para conversar.
domingo, 8 de janeiro de 2012
VISITA AOS MESTRES
Flor de Amendoeira Autor António Tapadinhas
Óleo sobre Platex 15x15cm
Ontem estive no céu! A visita à exposição, A Perspectiva das Coisas, patente no Museu Calouste Gulbenkian, foi a sensação que me deixou. Ver Cézanne, Monet, Manet, Matisse, Bonnard, Braque, Magritte, os nossos Vieira da Silva, Amadeo de Sousa Cardoso, Eduardo Viana e o génio louco Van Gogh, têm esse efeito sobre mim.
Com o trabalho tudo correu bem, o último quadro foram ramos floridos – tu verás, entre as minhas obras talvez a que fiz com mais paciência e melhor, pintada com calma e uma maior segurança das pinceladas.
Estas palavras foram escritas por Van Gogh, numa carta ao seu irmão, depois de concluir um quadro, para oferecer ao seu sobrinho e afilhado, Vincent.
A obra, com o título, “Amendoeira em Flor”, óleo sobre tela, 73x92cm, está em Amesterdão, no Rijksmuseum Vincent Van Gogh. Todos os críticos, nos seus comentários, consideram este céu, o mais intenso, o mais brilhante, que o artista alguma vez pintou. Tinha a intenção de colocar aqui o quadro, mas fiquei completamente baralhado: se se derem ao trabalho, verificarão, nas centenas de reproduções que há no Google, as diferenças gritantes que existem entre cada uma delas.
Agora, já vi e já senti o verdadeiro azul do Mestre.
Neste Inverno, mais do que a queda de neve ou os gélidos ventos, imaginem as andorinhas pairando no ar, com o inconfundível aroma das amendoeiras em flor, anunciando a chegada da Primavera…
Óleo sobre Platex 15x15cm
Ontem estive no céu! A visita à exposição, A Perspectiva das Coisas, patente no Museu Calouste Gulbenkian, foi a sensação que me deixou. Ver Cézanne, Monet, Manet, Matisse, Bonnard, Braque, Magritte, os nossos Vieira da Silva, Amadeo de Sousa Cardoso, Eduardo Viana e o génio louco Van Gogh, têm esse efeito sobre mim.
Com o trabalho tudo correu bem, o último quadro foram ramos floridos – tu verás, entre as minhas obras talvez a que fiz com mais paciência e melhor, pintada com calma e uma maior segurança das pinceladas.
Estas palavras foram escritas por Van Gogh, numa carta ao seu irmão, depois de concluir um quadro, para oferecer ao seu sobrinho e afilhado, Vincent.
A obra, com o título, “Amendoeira em Flor”, óleo sobre tela, 73x92cm, está em Amesterdão, no Rijksmuseum Vincent Van Gogh. Todos os críticos, nos seus comentários, consideram este céu, o mais intenso, o mais brilhante, que o artista alguma vez pintou. Tinha a intenção de colocar aqui o quadro, mas fiquei completamente baralhado: se se derem ao trabalho, verificarão, nas centenas de reproduções que há no Google, as diferenças gritantes que existem entre cada uma delas.
Agora, já vi e já senti o verdadeiro azul do Mestre.
Neste Inverno, mais do que a queda de neve ou os gélidos ventos, imaginem as andorinhas pairando no ar, com o inconfundível aroma das amendoeiras em flor, anunciando a chegada da Primavera…
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