terça-feira, 25 de maio de 2010

DEIXEM-ME SONHAR!


A Cidade dos Sonhos
Acrílico sobre Tela (Políptico) 4x25x30cm

O caminho faz-se caminhando.
Esta obra, pouco ambiciosa no princípio, começou a ganhar forma na minha imaginação, à medida que a executava. Tinha planeado, nesta série, fazer uma cidade de sonho, com as dimensões de 100x120 cm. Para transmitir a sensação de misticismo, pensei executar a obra com uma paleta de cores dominada pelas cores-pigmento terciárias. De entre estas cores, queria usar e abusar do violeta, combinando-o preferencialmente com carmim, azul ultramarino e verde esmeralda. Como esta era uma gama de cores que eu pouco usava, cortei uma tela de 25x30cm e lancei mãos à obra.
Adorei a tela acabada. Sabia que seria irrepetível o resultado. Tive uma daquelas ideias brilhantes que, de vez em quando, nos assaltam: continuar, sem deitar fora o trabalho já feito, com mais três telas, que completassem a dimensão que tinha planeado para a obra final.
Assim fiz... e o trabalho aí está para a vossa apreciação crítica.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ADN


INADAPTADOS Acrílico sobre Tela 100x100cm

Esta foi a obra que resultou do estudo apresentado na postagem anterior. As semelhanças não são muitas, direi mesmo que são pura coincidência.
Toda a tela foi coberta com Yellow Ochre, bastante espesso. Com a tinta ainda fresca, fiz traços verticais com o cabo do pincel (clique sobre a imagem), para destruir a uniformidade da pintura.
Deixei secar a tinta e comecei a pintar as séries de cores frias e quentes, deixando em todas elas apontamentos de outros tons que não faziam parte do conjunto – os inadaptados.
Esta obra foi seleccionada para a VII Bienal de Artes Plásticas – Prémio Vespeira.
Sempre que exponho esta peça é recorrente dizerem-me que a sua estrutura faz lembrar a sequência do ADN. O engraçado é que eu também já prefiro este título. Só não o mudo porque não se mexe numa equipa vencedora!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A GRANDE CAMINHADA

Inadaptados Acrílico s/tela 60x60cm

Esta obra ganhou vida por ela própria. A ideia inicial era, numa tela já pintada com cores ocre, texturada, com incisões horizontais espaçadas e verticais mais próximas, pintar uma série de cores frias e quentes, no plano horizontal. Queria incutir no espectador uma sensação de grupos heterogéneos a caminhar, determinados, na obtenção de um objectivo misterioso. Este estudo serviria para preparar uma tela mais ambiciosa para uma bienal de prestígio - Prémio Vespeira. O problema foi que gostei tanto deste estudo que não me quis copiar. Na versão final, mais elaborada e de maiores dimensões, nem o título mantive. Esta tela continua comigo e não é mais um estudo - tem um lugar de destaque entre as obras que criei.