sábado, 30 de maio de 2009

ENCONTRO DE IRMÃOS - PARTE II


Tão bom como "O Genial", só "O Génio",
no café "A Brasileira" do Chiado


Poucas pessoas podem gabar-se de ter a felicidade de imaginar momentos empolgantes e depois, no real, eles superarem as nossas melhores expectativas.
Confesso que sentia um certo receio que passássemos aquelas horas juntos e pouco tempo depois, não tivéssemos mais do que falar. Aconteceu exactamente o contrário: as horas voaram e, quando nos despedimos, sentimos que ficaram muitas coisas por dizer… Foi uma conversa de amigos de longa data que será retomada na próxima vez que nos encontrarmos, no próximo mês, no próximo ano, recomeçada no exacto momento em que foi interrompida… É assim com os amigos!
Todos aqueles que me foram dizendo que estavam cheios de inveja, digo-lhes uma coisa: tinham razão! Ao conhecer o Flavio, fiquei a conhecer melhor cada um de vós. Foram momentos muito bons!
Daqui a pouco, vou estar em Coimbra com a Companhia de Artilharia, 1409, com o pelotão que comandei, como Alferes Ranger, na guerra colonial de Portugal contra Angola. Cada vez somos menos o que estamos nesta comemoração anual…
Quantas emoções!
Espero sobreviver a este fim-de-semana!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ENCONTRO DE IRMÃOS


Regata no Tejo (estudo), 1997
Acrílico sobre Platex, 11x21cm

No passado dia 6 de Maio, ilustrei a minha postagem, “Festas no Tejo”, com o quadro, “Regata”, óleo sobre tela, 85x120cm.
Essa postagem, suscitou 74 comentários, o último dos quais, foi assinado por Flavio Ferrari. Dizia:

Esse é um de seus quadros mais lindos (dentre os que já publicou). Não conheço a mulher do seu parente, mas talvez ele tenha mesmo feito um bom negócio.
Mas não venha com ideias para o meu lado que a Ti eu não troco nem por dois quadros...


A este texto, respondi, quatro dias depois:

Só agora, por mero acaso, li o seu comentário na minha postagem, "Festas no Tejo".
Entendi a mensagem!
Há jóias que não têm preço... eu sei...


Está confirmado que no próximo dia 29, eu e Flavio vamos encontrar-nos em Lisboa.
É a primeira vez (há uma primeira vez para tudo!) que me acontece: vou abraçar alguém, que não conheço pessoalmente, mas com quem tenho contactado quase diariamente. Algo que não posso dizer de muito bons amigos…
No abraço que lhe vou dar, estão todos os amigos que me têm culminado de gentilezas, durante estes quase dois anos de convívio com a blogaldeia.
Tenho uma prenda para ele: o estudo que serviu de base ao quadro que ele tanto admirou.
Juro que não é nenhuma prestação ou sinal, para qualquer troca…

sábado, 16 de maio de 2009

A TERCEIRA PONTE


Barcos na Praia - Barreiro Óleo sobre Tela 100x100cm

Tenho escrito tanto a propósito do Barreiro, das suas antigas indústrias, da sua zona ribeirinha, dos seus moinhos de Alburrica, que acho só falta escrever sobre a construção da terceira ponte sobre o Tejo, entre Chelas e Barreiro, que deverá ficar concluída em 2013.
A construção desta ponte vai obrigar à dragagem de lodos fortemente contaminados devido às antigas indústrias do Barreiro, com níveis muito elevados de mercúrio, arsénio, chumbo…
Deixo as doutas considerações sobre os Estudos de Impacto Ambiental e sobre a malha viária da cidade de Lisboa, para as entidades competentes, mas estou preocupado:
Um tabuleiro rodoviário e ferroviário, mais os acessos, vão modificar toda esta paisagem, em nome do progresso, esse deus conhecido em que, ao contrário das personagens do livro de John Steinbeck, A um Deus Desconhecido, o amor pela terra e pela liberdade, já sabemos, nem sempre são salvaguardados.
Em 2014, saberemos se tenho razão nos meus receios.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

PALAFITAS NO SADO


Carrasqueira - Cais Óleo sobre Tela 90x100cm

Quando falei sobre a saga dos avieiros, mencionei que os “ciganos do rio”, como lhes chamou Alves Redol, procuraram o seu sustento no Vale do Tejo e no estuário do Sado.
Há uma aldeia ribeirinha em plena Reserva Natural do Estuário do Sado, que conserva algumas construções de madeira, cobertas de caniço – os palheiros.
Nesta aldeia, continua a ser utilizado um cais construído em estacas de madeira (palafitas), que se prolonga por centenas de metros sobre os esteiros lodosos do rio.
Foi um processo iniciado por dois pescadores que criaram um acesso para chegarem aos seus barcos, sem se enterrarem no lodo, aos quais se foram juntando outros, até se chegar ao emaranhado de estacas que tornaram este local um dos mais visitados do concelho.
Os habitantes desta aldeia continuam a ganhar o seu sustento, conforme as épocas do ano, com a agricultura e a pesca.
Não sei se são agricultores-pescadores ou pescadores-agricultores. O que sei é que o peixe é uma delícia e, não resisto, tenho um pequeno segredo para lhes contar…
Gostam de batata-doce? Eu também!
Aquele lugar é o seu paraíso. Tem um nome: Carrasqueira.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

FESTAS NO TEJO


Regata Óleo sobre Tela 85x120cm

Dentro em breve, todas as vilas da zona ribeirinha do Tejo vão fazer as suas festas populares, com a mesma receita de sempre; já está tão testada que não é preciso inventar nada, para que sejam um êxito!
Os barcos engalanados, cheios de bandeiras coloridas, vão apresentar-se pintados de fresco e lavados, perante a santa padroeira, que os abençoará, depois de levada em procissão até ao cais. Quando era miúdo, sempre achei que era a mesma santa que fazia o passeio, embora cada vila lhe desse um nome diferente...
Neste caso, em Alhos Vedros, o seu nome é Nossa Senhora dos Anjos.
Esta obra foi comprada por um familiar que adora barcos e passeios todo-o-terreno. Pouco tempo depois da aquisição, divorciou-se. Contou-me ele, que um dos pontos mais críticos foi o acordo de partilhas, porque ambos queriam esta tela.
O meu primo não ficou com a mulher, mas ficou com a obra. Valente!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O DIA DO TRABALHADOR


A Sesta ( Segundo Picasso) Óleo sobre Tela 62x98cm


Julgava já ter feito referência à minha mania de copiar quadros dos grandes artistas que retrataram a “Sesta”… Dei uma vista de olhos, pelas minhas postagens e não encontrei. Poderá ter sido para algum artigo de jornal ou entrevista, ou num comentário a alguma postagem do tema. Lembro uma recente, de Anne, no seu Life… Living…
Todos estes quadros foram vendidos. Por ter feito esta série no início da minha vida de pintor, não tenho fotografias da minha interpretação do tema, conforme Van Gogh, Almada Negreiros, Manet… Mas tenho, a partir de um desenho de Picasso, “Camponeses Dormindo”, 1919, Têmpera, aguarela e lápis, 31,1x48,9, The Museum of Modern Art, Nova Iorque.
Por contraste, hoje que é dia do trabalhador, ofereço uma boa proposta de descanso, com a colaboração de um génio do século XX: Pablo Picasso, 1881-1973.
Bom fim-de-semana!